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Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Marketing – Sociedade

Este post vem no intuito de eu estar maldisposto (GRU) e me apetecer desancar para tudo e todos e para ninguém em concreto ou talvez até quero…

Alguém me pode dizer o que diabo se passa com a sociedade, pois com as empresas já sei (maximização do lucro) pois eu acho que anda todo o mundo doido, mas posso estar enganado dado a minha miopia de 5 dioptrias me poderem não fazer enxergar bem, mas aquele que vê sem olhos de ver normalmente é o que vê melhor…

Como estou numa de tese, bora lá verificar as Hipóteses:

H1 – Vejo “rapaziada” a “morrer” para aparecer nas TVs sujeitando-se ao mais estúpido e ridículo de programas para fazer show off, para se exibirem, para mostrar o quanto a mente da nossa sociedade é tão vazia e desprovida de neurónios e não descansam até conseguirem o seu minuto de fama, esquecem que depois têm uma vida pela frente… A TV agradece, pois, aumenta as suas audiências e de forma directa me preocupa, pois, as pessoas revêm-se naquela gente mentecapta que aparece nestes programas… Mas está tudo trengo?

H2 – Toma-se por dia em Portugal 7 milhões de medicamentos tipo a Ritalina, dá-se isto ás crianças na sua maioria, para estas melhorarem o seu desempenho escolar, e não devido a uma qualquer desordem, eu dou gomas e pintarolas à “Minha Canalhada” (termo que se usa nas Caxinas para Crianças) este pessoal enfia químicos pois querem as crianças ali tipo robots. Depois vejo escolas a exigir que os putos sejam robots, senão correm o risco de serem expulsas, mas está tudo doido?

H3 – As famílias deixarem de “ser normais” pois parece que os pais viraram os maiores inimigos dos próprios filhos, pois obrigam estes a fazer coisas que não gostam, coisas que detestam, não dando liberdade ás crianças de se explorarem e decidirem o que querem, e quando não gostam poderem mudar e escolher outra coisa qualquer… Não impinge-se ás crianças aquilo que fica bem na sociedade… As crianças devem sentir que estão numa terceira grande guerra… Acho que estamos todos demasiado ocupados, e o dinheiro é a nossa primeira opção (sim é muito importante) mas isto de “obrigar” não faz sentido para mim. Alguém me diz o que se passa?

H4 – Fui a um ginásio para ver as condições para me decidir por um para me inscrever, e vejo tudo envidraçado para “todos de fora” verem para dentro, vejo “um tipo” a pegar num ferro e “a tipa” a tirar uma foto, depois vai a tipa sacar de um ferro e o tipo saca de uma foto… Começa a época das dietas milagrosas, das pilulas milagrosas, das cirurgias milagrosas, pois todos querem chegar ao verão e poder mostrar os seus corpos de “plasticina”, fotos em Photoshop querendo mostrar uma imagem daquilo que estas pessoas deveriam ser e não o que são… Alguma coisa está errada?

H5 – Pelas minhas incursões por Africa e Brasil assisto a tipos a andar em grandes SUVs, grandes máquinas, a comer em restaurantes de rodizio onde somente o prato custa 75€ fora bebida, onde uma garrafa de champanhe custa um salário e bebiam como se de água se tratasse, onde me mostravam maços de notas de 100Usd, sem qualquer tipo de pudor ou vergonha, enquanto na rua via crianças a morrer de fome, pessoas a dormir em filas intermináveis em frente a um hospital para serem tratadas… Ninguém se importa? Ninguém, gosta de partilhar? Eu pelo menos comprava 3 latas de atum e 3 de feijão, para mim e para 2 crianças que viviam na rua em frente a minha casa… Provavelmente a culpa é minha a vida é simplesmente injusta?

 

“Something is wrong in the world today… We live on the Edge…” (vivemos no precipício)?

Mas está todo o mundo doido?

Alguém consegue me dizer o que se passa?

Por favor digam-me o que se está a passar?

Crise? Claro, de VALORES e IDENTIDADE!

Pois se abrirmos os olhos vemos que algo está errado.

FUCK!

Marketing - A Crise

 Fonte: http://static.wixstatic.com/media/57f9cb_fa83413970bb43c780553ef5320c8341~mv2.jpg

Uma palavra que me marca desde que nasci, é a palavra crise, a minha mãe em vez de me chamar Narciso até estava para chamar-me Crise, dado esta estar tão em moda, mas como pensava que era só isso moda e que iria desaparecer, optou por me chamar o que me chamo hoje, um nome muito em moda de facto…

E assim cresci com a crise…

Comecei a sair para as noitadas com os meus amigos por volta dos meus 15 anos, e começamos a frequentar uma Roulote que fazia umas bifanas e uns hambúrgueres fantásticos, em que um gajo comia e a gordura escorria pelos beiços abaixo, a dita Roulote estava situada em plena Nacional 13, em Mindelo, todos que vinham das discotecas e bares do Porto paravam naquele local para se deliciar.

Nós em conversa com o Senhor lá perguntávamos qual era o segredo dos ditos petiscos serem tão bons, e ele lá dizia que o pão era de qualidade feito só para ele, as carnes eram oriundas de casa, gado que ele cuidava, alimentava e acarinhava e que no final davam aquele sabor.

Outra coisa que o Senhor Prezava era a comunicação e o atendimento que nos dava, sem nunca perder a compostura, mesmo nós muitas vezes não estando compostos, devido ao “excesso de cansaço”. Mas o que era certo é que a clientela ia aumentando, pois no final da Disco lá comentávamos entre nós: “então vamos á bifana” e começamos a espalhar pelas discos e bares onde íamos no final de cada noite.

Em 1997 surge a “Crise Asiática” que iria afectar o mundo como o conhecemos, sim parecia que iria acontecer um apocalipse zombie ou uma invasão alienígena, mesmo neste clima de incerteza continuámos a frequentar a Roulote um ritual que tínhamos.

Mas começamos a notar que o sabor não era mais o mesmo, o escorrer da gordura já não tinha o brilho de outros tempos… O Senhor parecia mais preocupado e não entrava nas brincadeiras connosco, lá perguntamos: “que se passa?” Ele lá respondeu que era a crise e que para não aumentar os preços teve que comprar pão comum, e a carne era comprada num matadouro qualquer, e com isto perdeu a clientela toda, pois não era a mesma coisa…

O Marketing que este senhor tinha era o seu bem mais importante. O Marketing era fundamental para o negócio. E ele tinha tudo que o Marketing pede, os denominados 4P´s.

Promoção: Era excelente pois cativou um monte de pessoas a se dirigir e fazer aquele ritual todas as noites.

Preço: Como o produto era de qualidade o preço estava ajustado ao mesmo.

Produto: O produto tinha viabilidade e interessava a um certo número de pessoas.

Distribuição: Estava excelentemente posicionado numa estrada com imenso movimento.

Acima de tudo tinha uma excelente interacção Pessoal com os seus “putos” / clientes.

A crise existiu e sempre irá existir e vai passar, dando lugar a outra, desta forma não pode fazer com que as empresas desanimem, nem deixe influenciar o espírito criativo e inovador das empresas, pois em tempos de crise é onde emergem os excelente negócios, temos é que ter planos de contingência para a superar.

Vamos esquecer a crise e dar espaço para as novas perspectivas e desafios pessoais e empresariais.

Agora pergunto onde diabo posso ir comer uma bifada e uma hamburger como antigamente que já está a dar uma larica…

Marketing - Luxo

Amanhã é o dia propício para haver luxos, e loucuras, basta verificar os preços de uma passagem de ano num qualquer hotel, mesmo não sendo 5 ***** é estupidamente caro. Também época de passear vestidinhos com montes de lantejoulas que só se usa nesta época do ano. Quando passeio na rua ás 24h, só digo, “Eita luxúria”…

Luxo, segundo definição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é maneira de viver caracterizada pela ostentação, por despesas excessivas, pela procura de comodidades caras e supérfluas, pelo gosto do fausto e desejo de ostentação.

Basicamente é ter dinheiro, ou não (pois conheço muita gente que ostenta aquilo que não tem) e gastá-lo da forma mais absurda possível.

Mas este mercado é muito apetecível pois basicamente nunca está em crise, pois quem é rico ficará mais rico mesmo em momentos de crise, os pobres, mais pobres… Assim se abre o poço entre ricos e pobres.

Como luxo temos as roupas “Grife” os carros desportivos carotes, as malas, aquelas marcas que saltam à vista tipo, Ferrari, Louis Vuitton, Dom Perignon, etc…

Neste caso as empresas abortam o velho paradigma de vender produtos. Aqui as empresas tentam vender “arte” colecionável, símbolos de Status, símbolos de “ter dinheiro”.

Num mundo em crise, num mundo em guerra, num mundo em fome, deveria-se estranhar o facto destas marcas não passarem por uma crise também, mas acontece exatamente o contrário este tipo de “obra de arte” vende mais, e mais…

Eu de facto tinha clientes no mercado de luxo, donos de veleiros e iates e sempre me perguntavam como era trabalhar com este tipo de clientes, eu somente lhes dizia que aprendi muito a lidar com eles pois tinha um filho de 6 anos, que me dava uma enorme bagagem de aprendizagem para lidar com este tipo de clientela.

Nunca me esquecerei em uma feira em Dusseldorf um cliente numa semana gastar a módica quantia de 10 milhões de euros, pois comprou um veleiro e equipou o mesmo todo nessa feira, e eu olhava para os meus bolsos “rotos” e dizia o mundo é mesmo justo…

As marcas que operam neste nicho de mercado, vendem glamour, vendem sonhos, vendem um conceito que os seus clientes logo correm atrás, pois eles necessitam comprar, anseiam por compras, pois por norma são vazios por dentro. Este sentimento de compra, de posse faz com que eles se sintam meio vazios ou meio cheios (depende da perspetiva do copo), e gostam de mostrar aos demais a sua vida, os seus bens, mas logo, aquele novo brinquedo já não serve e partem em busca de algo que os complete, mas que nunca conseguirão.

Não percebo (pois sou pobre) como alguém necessita de ter uma garagem com 10 carros, e nessa mesma casa com 20 quartos, quando essa mesma pessoa passa mais de metade do seu tempo fora dessa casa…

Este mercado também se encontra em mutação pois era muito virado para as revistas de glamour e agora estes clientes já procuram os seus produtos via mercado online, desta forma as empresas vêm-se obrigadas a adotar também estratégias de marketing digital bem como as de marketing tradicional (tv, revistas). Os ricos e famosos, também andam sempre “on-line” pois é “in” esta moda dos tweets, das selfies, etc…

O mercado de luxo sempre existiu, e não é mais nem menos que pegar numa moda já existente e criar uma marca, exacerbando a mesma e colocando-a ao “lado de Deus” dizendo que esta é mítica…

O mundo está cheio de ideias que podem ser desenvolvidas, copiadas ou melhoradas. Muitos produtos do mercado de luxo são adaptações de conceitos de outras culturas. Assim, aqueles que procuram inspiração, devem viajar para outros países, andar pelas ruas, pelos mercados, falar com as pessoas, comprar produtos e comer em restaurantes, etc… assim procurar inspiração.

Depois, o segredo está em encontrar a maneira de traduzir a experiência estrangeira para uma versão que satisfaça o gosto dos seus clientes de uma forma pessoal, one to one através de uma marca poderosa.

O Mundo está em crise sim, Mas numa Crise de Valores.

NS