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Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Marketing - Ética - Ciencia - Amor!

 

A Ciência e o Amor... será possível? À luz da ciência meus caros... o amor não existe... e a luz do amor... existirá ciência? Pois é... serão compatíveis? Quem se quer entregar de corpo e alma à ciência terá de deixar de amar… ser apenas frio calculista e estudioso... aquele que quer amar… não tem verdades universais... todos os dias quando ama... apenas sabe que ama… quando se trata de responder a questões técnicas... ele simplesmente ama…isto não se enquadra na metodologia científica… Mas afinal...de que falo eu... Amor? Ciência? Os dois ou de nenhum? Será tudo Mutuamente Exclusivo?

Dizem que "a ética é saber a diferença entre o que nós temos direito de fazer e o que é certo fazer", basicamente a minha liberdade termina quando implica com a liberdade do outro.

Aqui começa o grande problema! O que é “direito de fazer”? O que é "certo fazer"? O que é liberdade? Ando so on... A verdade é que a Moral e os Valores difere de um Indivíduo para o outro. Preocupações que se passam nas nossas vidas profissionais. Quando as pessoas no trabalho são pressionadas, muitas vezes ignoram; ignoramos a “nossa ética”.

Ora o Marketing é defendido como sendo uma Ciência aparece aqui outro grande problema, ciência vrs ética vrs amor vrs marketing (eita conjugação explosiva…)

No Mundo onde vivemos, muda constantemente, falar em constantes neste Mundo é uma inconsistência. No mundo / Selva que vivemos onde infelizmente 90% das vezes é o Vale Tudo, onde se encaixa esta combinação? Como podemos fazer com que isto tudo funcione em completa harmonia? “Direi muito complicado. Tarefa muito difícil”, ora vejamos:

Argumentos anti - ética:

-Na situação atual com a imensa pressão e competição no Mercado e nas Empresas, no Marketing e nos Negócios a Ética não pode "andar junto"

-Muitas vezes seguimos a ética, mas esta impede-nos de ter sucesso porque desperdiça tempo e nos coloca barreiras para progredirmos...

-Ética geralmente é vinculada e alimentada pela religião, valores familiares, etc. Tais formas não funcionam bem em negócios onde espera-se que ser profissional é prático, paradigma interessante para juntar a estes 4 factores; Religião (deixemos para outro post).

-Um homem de negócios deve saber como lidar com a pressão, stress e competição; e não como ser ético.

-Todos nós queremos ganhar dinheiro rápido. No Mercado de hoje, ser ético toma-nos muito tempo e aparece como um STOP que vemos nas regras de trânsito nas estradas.

-Ética, ao contrário de um "balanço" não tem visibilidade. Hoje, as pessoas julgam-nos mais pelo aquilo que aparentamos e não pela nossa ética.

Argumentos pró - ética:

-Ética torna-nos mais forte e independentes. As pessoas não podem enganar-nos facilmente (assim queremos pensar…).

-Não seguir a ética faz de nós pessoas egoísta.

-Não há nada de errado em fazer lucro. Mas fazer o lucro por meios anti-éticos pode custar os clientes da empresa, bem como a sua sanidade mental.

-Na Perspectiva do Cliente é na ligação com uma empresa com ética e valores que eles pensam que esta nunca irá ser forjada.

-Ser ético nos negócios cria um senso de responsabilidade perante a sociedade.

Agora vejamos qual o objectivo fundamental de uma empresa: A mim ensinaram-me há 20 anos que é “Maximização do Lucro” e acho que continua, com contornos diferentes de há 20 anos atrás…

Quando viajamos muito vemos coisas que para nós nos fazem confusão, e eu vi em alguns países:

  • Marcas prémium a colocar crianças a fazer os produtos deles;
  • Pessoas a trabalhar em condições sub-humanas;
  • Conceitos de higiene e segurança no trabalho que simplesmente não existem;

Eu perguntava, “isto não pode ser”, ao qual me respondiam, isto é cultural é normal, daí a pergunta, inicial, para eles era cultural, para mim era anti-ético.

Moral e valores são extremamente individualistas. É errado dizer que que não podemos ter sucesso se formos éticos no negócio. Provavelmente levará mais tempo para o alcançar. Por fim não podemos forçar o demais a seguir a nossa ética. O Mercado, o Marketing não funciona com as mesmas regras para todos, pois as objeções de consciência para uns funciona para outros isso não existe.

Deveríamos pegar um pouquinho em cada um destes factores, verificar o que eles têm a oferecer e criar um Mercado e Organização o mais justa possível, mesmo neste mundo selvagem em que vivemos. Não podemos NUNCA esquecer o que significa Ser Humano, mas por outro lado não podemos ser “anjinhos”. É preciso balançar sempre entre o correcto e o incorrecto mas não andar sempre no “green” ou no “red” line. Talvez andar no “Orange line”…

 

N.Santos

Marketing - Pessoal

Para que serve um CV que não seja para "nos vendermos" a uma empresa?

Aqui ficam os meus CVs e Carta de Apresentação que descrevem a forma de como "me vendo":

 

Exmo (a) Director (a)

Recursos Humanos

Aproveito esta oportunidade para enviar o meu CV para a proposta em epígrafe, pois procuro um novo desafio. Deixo abaixo umas linhas que definem a minha experiência académica bem como a minha experiência profissional:

Formação Académica

  • Tenho uma licenciatura em Relações Internacionais, Económicas e Políticas
  • Mestrado em Gestão de Marketing
  • Aluno Finalista no Doutoramento em Santiago de Compostela em Marketing e Estratégia

Formação Profissional

  • Trabalhei maioritariamente em 3 países: Portugal, Brasil e Angola.
  • Esta ultima oportunidade de emprego tive a oportunidade de trabalhar o mercado de forma global, em 36 países.
  • Trabalhei como Professor, em Energias Renováveis; Industria Têxtil; Industria de Cabos e Cablagem; Sector Automóvel; Etc…
  • Sou Multifuncional pois trabalhei em diversos departamentos nas empresas por onde passei.
  • Posso acrescentar novos clientes para a sua empresa; bem como desenvolver novas areas de actuação da empresa, no mercado nacional bem como no mercado internacional.

Em anexo no meu CV (convido a ler o “menos chato” pois é de leitura mais fácil) onde pode encontrar mais especificamente todo o meu percurso profissional e académico.

Encontro-me ao seu dispor para qualquer informação adicional que julgue necessária.

Cumprimentos

Narciso Santos

http://pt.slideshare.net/cisosantos1/curriculum-menos-chato-69095774

http://pt.slideshare.net/cisosantos1/narciso-curriculum-less-boring

 

 

Marketing - E-Consumidor

 

Desde a criação da World Wide Web o método de compras mudou rapidamente, bem como o comportamento do E-Consumidor (consumidor que satisfaz as suas necessidades recorrendo ás compras via online), o estudo deste novo comportamento está a ganhar uma enorme importância devido à proliferação a nível da Aldeia Global das compras online, que aumentam de ano para ano.

Segundo o organismo Anacom o “ mercado da Internet é muito mais do que uma moda passageira”. Daí que a mesma fonte realce que “nos próximos 5 anos, a indústria do comércio electrónico continuará a crescer em larga escala, (…). Um crescimento apoiado em soluções mais sofisticadas e na evolução da Internet, que vai acabar por entrar no quotidiano de um número cada vez maior de pessoas”. As compras online “não são uma moda passageira”.

A questão que se apresenta é: “why people e-shop?”. Porque razão as pessoas compram online e começam a adoptar mais por este serviço e não pelo serviço de compras tradicional (resposta óbvia, somos preguiçosos).

Um dos factores que se apresentam para esta razão é os variados componentes de imagem no comércio electrónico: a imagem é um conceito usado pelos consumidores que através dela avaliam e categorizam a mesma de uma forma que nos levará a guiar as nossas acções, compramos mais rápido um produto do qual temos uma boa imagem do que um onde a percepção da sua imagem seja má (básico).

As interacções sociais são um grande motivador e influenciador para as compras online e para as compras tradicionais, as experiências sociais, interesses em comum com outros, a convivência, o status, os líderes de opinião entre outros factores afectam a forma de como compramos.

No contexto de compras online a experiência dos consumidores derivarão sempre da interacção que estes terão com a plataforma online. Esta interacção entre consumidor e plataforma irá depender muito do impacto visual da plataforma, do design e da maneira como se acessa à mesma. Tudo isto causará um impacto negativo/positivo no processo de compra.

Sendo a internet uma fonte de mercado tão vasto e com um crescimento brutal de dia para dia, poderemos verificar na análise S.W.O.T. abaixo as vantagens e desvantagens desta nova “moda” de compra:

Forças

Possibilidade de atingir um mercado à escala global

Desenvolver serviços focados nos consumidores finais

Aumento da produtividade/competitividade/qualidade

Serviços permanentemente operacionais (from anywhere, at anytime)

Aligeirar cadeias de distribuição

Aumentar a competitividade face à concorrência

Produtos inovadores e diferenciados

Variedade de Produtos

Fraquezas

Dependência das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação)

Infra-estruturas de comunicação deficientes ou mal dimensionadas em alguns países

Elevado custo das telecomunicações

Excesso de empresas do mesmo ramo

Oportunidades

O número de utilizadores da Internet e do comércio electrónico tem vindo a aumentar.

O comércio electrónico é visto como o futuro do sector terciário.

Nova alternativa no processo de compra e venda.

Apoio a inovação pelo Estado

Aumento de investimento nas TICs

Ameaças

Quadro legislativo insuficiente

Cultura de mercado avessa às formas electrónicas de comércio

Crise Económica

População Envelhecida

Facilidade de entrada de empresas novas no mercado online

Além dos factores anteriormente mostrados podemos apontar outros factores e motivos de compra online tais como:

  • Sociais (já explanados anteriormente)
  • Entretenimento
  • Prático/útil
  • Fácil acesso
  • Conveniente
  • Navegação
  • Conhecimento e habilitação para fazer a compra
  • Entre muitos outros

 

Tendo em conta a análise SWOT pode-se afirmar que estamos em plena revolução digital, o que levará a este fenómeno de e-consumo e do comportamento dos E-Consumidores a ter que ser estudado de forma contínua pois estamos perante um fenómeno que muda constantemente de dia para dia.

Marketing - Redes Sociais

 

Depois desta semana de loucura em torno do evento Web Summit que colocou Portugal / Lisboa no centro do mundo no que concerne ás novas tecnologias de informação, novas start ups em busca de investidores, governo a disponibilizar verbas, Etc. De facto um evento que juntou cerca de 50.000 pessoas, mas o cenário que acontece em Portugal em relação ao Marketing Digital é o seguinte.

Em Portugal cerca de 69% das empresas não usam qualquer ferramenta de marketing digital, por conseguinte, nenhum tipo de rede social no seu negócio, e para estas empresas ainda impera e reina o “marketing tradicional” e as suas metodologias “offline”.

Quando pesquiso o tema para a minha tese, em conversas com amigos, empresários, profissionais, de pequenas e médias empresas, chego à conclusão que eles ainda não perceberam a importância e o potencial que a Internet oferece ás suas Organizações, quer para venda on-line dos seus produtos, para reconhecimento da marca, gerar novos contactos, etc… e com tudo isto Gerar Valor para os seus Clientes.

Quando avaliamos as empresas que usam somente recursos do “marketing tradicional”, verificamos que este “Old School Marketing” é muito dispendioso e para as pequenas empresas não produz grande efeito pois acrescenta enormes custos, por exemplo as tais Organizações que colocam os vendedores “engravatados” a fazer vendas porta a porta, esquecendo o custo que isto acarreta: (salário + carro + portagens + gasóleo, etc).

As ferramentas do “new school marketing” onde podemos á distância de um clique, podemos perceber o comportamento dos nossos consumidores bem como para onde o Mercado está a caminhar, aumentando com isto as hipóteses de fazer a oferta certa, no momento certo, na hora certa, pois o mercado neste momento trabalha no “Just in Time” e se perdermos esta janela de oportunidade, podemos colocar o nosso futuro em “areias movediças”.

Este novo cenário das Novas Tecnologias de Informação são uma dura realidade e desempenham um papel fundamental no desenrolar da vida das Organizações e Pessoas isto se as ferramentas forem utilizadas de forma adequada.

Quem pensa que este novo paradigma de Marketing é somente uma moda passageira, está redondamente enganado, pois podemos verificar que existem grandes empresas com enorme sucesso somente operando no Mundo Virtual, sem ter espaço físico no Mundo Real e somente operando no “Mundo online”.

O Mundo está a mudar, ou melhor, o Mundo já mudou, e opera na era digital à muito tempo, desde o aparecimento e desaparecimento do HI5, do aparecimento em 2004 do Facebook, sim este pequeno site que começou como uma brincadeira de universitários e que neste momento vale o que vale.

Para termos uma ideia, se o Facebook fosse um país seria o país mais populoso do mundo, ultrapassando a população da China em questão de utilizadores, estima-se que 1,5 biliões de pessoas usam o Facebook.

Nos EUA o uso das redes sociais é normal, para se estudar o mercado, para se aumentar o reconhecimento da marca, para se criar negócios pela via on-line.

Um estudo que li á pouco pela Jobvite, onde entrevistaram 800 recrutadores revelou que 89% deles utilizam as redes sociais para recrutar pessoas, tipo o LinkedIn, Facebook e Twitter. Destes inquiridos 64% usam mais de 2 redes sociais para contratar pessoas e 65% deles dizem que tiveram grandes resultados neste tipo de recrutamento.

Podemos com este pequeno exemplo verificar que o Marketing Digital e especialmente as Redes Sociais, contribuem na escolha de candidatos para as empresas. Os EUA são os pioneiros no uso das Redes Sociais nas Organizações em relação aos restantes países do Mundo, mas esta tendência está a mudar…

Voltemos agora ao Mundo Real, onde as grandes empresas não deixam muito espaço para as pequenas e médias empresas, mas no Mundo Digital e usando as Redes Sociais, tudo isto muda de cenário. Pois o Mundo está mais conectado do que nunca, e isto abre novas oportunidades para todos, em todo o lado, encontrando-se novos clientes, mais inspiração, pois temos uma Organização “ligada / aberta” 24 horas por dia, 7 dias por semana… Tudo o que precisamos para alcançar o sucesso.

Em Suma:

  • O Marketing Digital e as Redes Sociais, não só servem para colocar selfies; fotos do almoço e do jantar, mas também para procurarmos novos parceiros de negócio, divulgar a marca, saber o que os nossos clientes estão a fazer e desta forma termos um “One to One” Marketing.
  • É mais barato usar o Método Digital na divulgação do que utilizar os meios tradicionais, basta verificar quanto custa um anúncio em horário nobre na TV e quanto custa um anuncio pago no Facebook por exemplo.
  • Se as empresas optarem por usar o Marketing Digital e as Redes Sociais, devem desenvolver um plano, pois não se deve ter uma página no Facebook, ou no Twitter, ou numa outra rede, só por ter. Pois deve-se alimentar o “mostro”, pois se assim não for corremos o risco das pessoas que nos seguem online, pensarem que a empresa ao não publicar nada; “algo de ruim se passa”. Se vai enveredar por uma política de Marketing Digital só porque Sim e vai Estar por Estar, mais vale não fazer nada.
  • Quem não está On-Line simplesmente “não existe”. É crucial estarmos presentes no Mundo Virtual.
  • Por fim não pensem que sou contra o “Old School Marketing” e a favor do “New School Marketing”. Acho que as empresas devem utilizar ambos os tipos de Marketing em sintonia, pois no final, ao fechar um negócio, nada substitui olhar o cliente “olhos - nos - olhos”, nada substitui o aperto de mão, nada substitui o dar a cara.

N.Santos

Marketing - O Líder, o Chefe ou o $%#&”

Existem diferentes maneiras de atingir um mesmo objectivo. Há quem, por exemplo, opte por agarrar o que quer desde logo preocupando-se depois em proteger aquilo que passou a ser seu e quem, por outro lado, prefira fazer da imprevisibilidade a melhor arma para surpreender quem lhe passa à frente.

Maquiavel há muito tempo dizia que os fins justificavam os meios (sim estive atento a aula de HIPS na universidade), nem que para isso tenhamos que passar por cima de tudo e de todos, muito disto se passa nas empresas, em casa, nas organizações, é o jogo do VALE TUDO.

Será que numa perspectiva de médio e longo prazo isto trará os seus devidos frutos?

Muito se debate sobre diferenças entre Chefe e Líder, coisa que eu não vou abordar aqui, pois o objectivo das organizações é atingir os seus objectivos propostos e guiados por um plano que terá que ser actualizado ao longo do tempo. O Mercado não é estável e muda constantemente.

Se me perguntarem se prefiro seguir um líder ou um chefe, a minha resposta clara será, seguir o líder pois quem atinge este patamar consegue mover multidões atrás de si, pois os seus ideais e a sua conduta é vista pelos demais como um exemplo a seguir. Quando assim é, este líder é seguido de livre e espontânea vontade pelos demais, os resultados são; aumento da produtividade e da eficácia. O inverso passa quando temos um “tipo com um chicote” a nos indicar o caminho.

Nas empresas os líderes, os chefes e aqueles que não fazem nem uma coisa nem outra devem confiar na sua Equipa e responsabilizar a mesma, desta forma faz com que a Equipa sente que faz parte de um todo e não se sente que é “carne para canhão”.

Um líder consegue manter numa empresa uma Equipa estável, sem grandes oscilações, as pessoas são mais responsáveis por aquilo que fazem e ou produzem.

Agora imaginemos o reverso da medalha, ter um tipo ao nosso lado sempre aos berros, pois um líder destes pensa que só ele sabe, só ele comanda, os outros só têm que se remeter ao silêncio e ouvir. O que acontecerá a esta equipa liderada á lei do “eu sei, posso e mando”? Em primeiro lugar completa desmotivação da Equipa, o que acarretará falta de produtividade. Na primeira oportunidade as pessoas mudarão logo de emprego. Esta mudança repetitiva de pessoas fará que essa organização tenha uma rotatividade de pessoal enorme, coisa que não abona aos olhos do Mercado.

Eu felizmente ou infelizmente já tive estes 3 tipos de gestores de equipas:

1 - O Líder

2 - O Chefe

3 - O que não sabe porra nenhuma

Uma coisa é certa as Organizações são as pessoas, pois sem pessoas não há Organizações.

Depois temos a típica e frase célebre, “não serve trocasse” os “gestores de topo” imaginam quanto custa uma pessoa? Uma pessoa nova numa empresa tem sempre um período de adaptação de 6 meses. Nestes 6 meses não há retorno para a empresa. Depois deste tempo quando finalmente as pessoas começam a dar retorno e lucro á empresa, o que se passa é que fogem para outras empresas com melhor Espirito de Equipa e melhores condições. Aqui começa novamente o “ciclo vicioso do trocasse”.

O que aprendi:

1 - As empresas são o conjunto das Pessoas e todas nos lugares que ocupam são importantes para a Organização, caso contrário: Porque se encontram na empresa?

2 - As Pessoas motivadas, acarinhadas e pagas adequadamente á função que exercem irão render mais, ter maior produtividade, maior eficácia,  logo maior valor para a empresa.

3 - Tipo de líder? Acho que é necessário ter uma mescla dos 3 acima descritos, mas com uma maior vertente para o tipo sem chicote, O Líder!

4 - Os fins não justificam os meios, isto não é a época da “guerra dos tronos”.

5 - As estratégias das empresas devem estar focadas nas Pessoas dessa empresa (endomarketing) e no Mercado.

5 - Por fim os donos das organizações não são os Gerentes nem tão pouco é quem assina, mas sim o Mercado; os Clientes pois sem estes não existe organização alguma que consiga sobreviver.

 

"The world changes constantly, and in nature,

be constant would be a inconstancy."

Abraham Cowley (1618 / 1667)

N. Santos

 

Marketing - O Vendedor

Não sei se sabem quais são as 3 palavras mais odiadas em Portugal, mas aqui fica a dica:

1 - Político

2 - Advogado

3 - Vendedor

Depois de visto este ranking de palavras pouco abonatórias e tendo em conta que o meu primeiro emprego foi, Ser Vendedor, deveria realizado que algo não iria correr bem… Mas como sou positivista por natureza lá olhei para cima e verifiquei que afinal existem outras duas categorias profissionais que estão em muito “piores lençóis” do que eu estava. Mesmo a palavra Politico ser a mais odiada e verificando o valor e as regalias que esta classe aufere, não me importava de fazer parte do leque destes “seres odiados” ou nahhhh… Portanto, partindo desta premissa, no deve e no haver, de facto quem está realmente mal, são os Advogados e os Vendedores.

Mas voltando ao cerne da questão, o meu primeiro emprego foi Ser Vendedor de automóveis, ainda por cima estava eu “verdinho e acabadinho" de sair da faculdade, um género de caloiro no mundo laboral. Chego ao stand e tenho uma reunião com o meu chefe de vendas o qual me explica a minha função que se resume duas palavras: “Vender Automóveis”. Eu logo indaguei o mesmo com a seguinte questão:

  • Desculpe mas vão dar-me formação para desempenhar da melhor forma o meu trabalho?

O meu chefe olha para mim com ar de “poucos amigos” e diz-me:

  • Formação? Está lá fora na rua, aqui estão os catálogos dos automóveis que tens que vender, aqui a tabela de preços e de descontos agora vai lá para fora vender (no principio pensei: “será que isto é a minha praxe? Mais tarde verifiquei que era a realidade nua e crua!

Eu completamente atónico penso comigo… “4 anos de faculdade e não me preparam para vender um simples automóvel?” Estou F%$#&!

Desço as escadas e penso para comigo, deixa lá ver como os meus colegas fazem e desta forma tentar perceber como funciona a coisa. Chego lá abaixo e vejo os 4 colegas todos “bem-vestidos”; sapatinho de verniz a brilhar, fato e gravata tudo bem engomado e eu olho para mim e vejo os meus jeans, a minha camisa por fora das calças e os meus mocassins… e penso, ups, já começo “bem”…

No dia seguinte lá me visto a rigor como quem vai para um casamento, lá vou comprar a dita malinha preta para colocar os kilos de catálogos, a dita tabela de preços e descontos e faço-me à  rua para vender. Todavia, em vez de se traduzir em vendas, senti que estava mais numa passagem de modelos no meio da rua, pois nesta fase inicial somente mostrei o fato, a gravata e a malinha preta e coloquei pó nos meus sapatinhos de verniz, pois efectuar vendas foi o que não fiz.

Reparava que quando fazia prospecção, mal abria de uma empresa ouvia logo uma voz ao fundo vinda da recepção a dizer-me acerca da pessoa da qual eu ainda não tinha perguntado que a mesma: “estava em reunião…” “não se encontra na empresa…”.

Logo pensei estas pessoas do mercado de trabalho mais experientes do que eu já conseguem adivinhar e ler a minha mente, pois já sabem que venho cá fazer e estão a poupar-me as solas dos meus sapinhos de verniz bastante brilhantes, para estes não fazerem os restantes 10 metros até eu chegar á recepção onde “esta voz” estava sentada.

“OK”, penso eu e lá saio e vou para a rua e tento outra empresa.

Antes de entrar na empresa, alguém me diz:

  • Amigo somos todos católicos aqui não precisa de vir vender bíblias de outras religiões.

Ao qual eu respondo:

  • Sou vendedor de Automóveis e gostava de falar com a pessoa responsável pela gestão da frota do parque automóvel para apresentar os serviços da minha empresa. Uma vez mais oiço a mesma resposta:
  • A pessoa não está, ou está novamente em reunião (muito se ausentam estes gestores e muitas reuniões fazem… comigo seria mais uma reunião, penso eu…)

Depois de muitos “nãos” e de me confundirem com um vendedor de bíblias lá pensei, isto de ser vendedor não é nada fácil. E também reconheci uma verdade: coitados dos vendedores de bíblias.

Lá reconsidero que seria melhor abandonar o fato, a gravata e os sapinhos de verniz e voltar para a minha roupa não tão formal. Lá volto a buscar os mocassins, os jeans, aproveitei a camisa e o blazer dos fatos, e lá me desfiz da malinha preta.

Passado 6 meses findo o meu contrato, continua o infortúnio de não vender 1 único automóvel. Uma coisa positiva em 6 meses foi que já conseguia ultrapassar a porta de entrada das empresas e chegar até á recepção e em alguns casos conseguir com que a pessoa responsável pelas frotas dos carros estivesse na empresa e me reunisse com ele.

Fazendo as contas: final de contrato, 6 meses - 0 carros vendidos (score pouco favorável a meu favor).

Penso então numa profissão alternativa para mim já que Ser Vendedor não serve. Irei tentar ser gestor de frota automóvel de uma empresa destas que visitei, pois nunca estão na empresa logo deve ser porreiro ter tanto tempo livre.

Sou chamado pelo chefe ao gabinete e lá penso: “vou p´rá rua”.

Começa ele:

  • Ora bem 6 meses e 0 carros vendidos. O que acha?

Eu penso para comigo mesmo, uma M#$%&… Mas lá dei a resposta politicamente correcta (sim aprende-se muito na questão de dar respostas como os políticos…sim essa dita palavra mais odiada em Portugal.)

  • Sei que os resultados são péssimos e muito maus, mas fiz todos os possíveis para que fossem diferentes, mas simplesmente não resultou.

O chefe olha para mim e pergunta:

  • Sei que visitou muitas empresas nestes últimos 6 meses, sei que começou a ser diferente do restante staf da empresa e a tentar vender automóveis on-line. Sei também que atende bem os clientes pois eles recomendam os familiares, os amigos para regressarem ao nosso stand e serem atendidos pelo Caxineiro (alcunha pelo qual era conhecido no trabalho e pelos vistos pelos clientes também). Sei que pensa que vai embora, mas de facto irá continuar connosco e verá que esta tendência irá mudar, tal como mudou a sua forma de vestir (não percebi se era um elogio ou um desagrado por deixar o fato e a gravata a ganhar mofo e teias de aranha no guarda roupa.

Passados outros 6 meses já era um dos melhores vendedores da marca e dos mais acarinhados pelos clientes, porque a minha estratégia de vendas centrou-se nos seguintes pilares:

1 - Ser vendedor é ouvir muitos nãoos, muitos não está, muitos está em reuniões e continuar a lutar por um “NIM” até por fim encontrar um SIM.

2 - Ser diferente, enveredar por uma estratégia de marketing digital aliada ao marketing tradicional (vendas de carros on-line em 2005 diziam que era doido, e neste tempo vendia no Site Standvirtual o qual na altura era grátis. Vejamos como está este site agora: além de se pagar já acrescentou ao seu leque de actuação: imobiliário, seguros, sinistros, etc… nada mau para o dono do site que deve ter sido um “louco” naquela altura, agora deve estar no Web Summit como um dos grandes oradores…)

3 - Ser o mais casual possível, não sendo abandalhado na forma de vestir, mas fazer com que as pessoas olhassem para mim como se fosse um ser humano e não alguém que estava prestes a “dar o nó”.

4 - Lembrar-nos que a máxima fundamental do Marketing e na vida é “Criar Valor” pois todos os clientes e pessoas querem que criemos valor nas coisas, nos produtos, nas empresas, na familia, etc…

5 - Finalmente, esquecer a velha máxima do marketing tradicional de que temos de vender produtos. Em contrapartida devemos enveredar pelo novo paradigma dos dias de hoje em que a Nova Máxima, que eu apoio e uso no meu dia a dia: VENDER RELAÇÕES! Se nós conseguirmos Vender-nos a Nós Próprios tudo o resto vem por acréscimo.

 

N.Santos

 

 

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