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Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Marketing - Religioso Existe? Funciona?

Christopher Hitchens; Defende no seu livro que o Mundo seria melhor se não existisse religião e cerca de 70% das guerras não existiriam…

Take 1

Eu sempre tive como “Máxima” não discutir sobre 3 temas:

  • Futebol
  • Religião
  • Política

Mas como gosto de romper com os paradigmas existentes e com os meus próprios paradigmas eis que vos “presenteio" com este tema.

Quanto ás duas perguntas que o título coloca a resposta é:

Hell Yes!

Obrigado era tudo o que queria dizer.

The end…

Take 2

Lembrei-me de há 20 anos atrás em Português levar com a pior obra que li na minha vida: “Sermão de st. António aos peixes”. Sem contar que o livro me remetia novamente para a catequese, fez que eu durante algum tempo perdesse a vontade de comer peixe e polvo…

Basicamente a conclusão do livro é que a falha, do Pregador e dos Peixes / Homens, pode estar em três lugares: no emissor, no receptor ou na própria mensagem. O básico da Comunicação de Marketing entre Empresas e Clientes.

As religiões tentam persuadir, doutrinar, ensinar, evangelizar através da palavra. A maioria das religiões prega a mesma coisa, um mundo melhor através das ações de seus seguidores e o problema reside mesmo aqui, o mesmo produto com nuances diferentes …  Mesma coisa que ir a um supermercado e comprar manteiga, temos 50 tipos de manteiga e todas sabem a “manteiga” mas temos que optar por uma. E porque é que optamos por uma marca x e não pela outra qualquer do alfabeto? Ou porque alguns fogem disto e vão para a planta?

Algumas religiões existem há milênios, e com o passar do tempo foram perdendo os seus fiéis, os quais optaram por frequentar outras tantas que apareceram e os atraíram. Visto este fenómenos de êxodo nas religiões, a Religião viu-se “forçada” a praticar Marketing de forma a fidelizar os crentes existentes e atrair outros mais, começa aqui a guerra de religiões em busca de novos clientes no Mercado. Eu vejo a religião como uma empresa, que usam todas as ferramentas do Marketing Mix (os 4 P´s que já vai em 8 P´s) para atrair mais clientes.

Antigamente era mais fácil para as religiões fidelizarem os seus Crentes, pois existia um diminuto número de religiões, as pessoas eram um alvo mais fácil de atingir e quase ninguém tinha acesso a informação e educação.

Nos dias que correm as religiões têm pela frente um grande desafio, pois a informação existe e está ao alcance de um click, a educação também existe e pelo menos é obrigatória durante 12 anos o que nos permite pensar com as nossas cabecinhas, e o número de religiões cada vez aumenta mais (algumas que não lembram ao diabo, ou melhor também “lembram ao diabo…”, mas adiante.

Antigamente as instituições religiosas eram algo intocável, não se poderia falar delas, pelo menos contra elas. Sempre existiram e sempre existirão, porque o Homem precisa de algo “mais” para acreditar, é uma necessidade que o Ser Humano tem, acreditar no metafísico, algo que transcende a ciência, basicamente é uma necessidade fisiológica, como comer e beber (sim encontra-se neste nível mais básico da Pirâmide de Necessidades de Maslow. Dado a ciência precisar de utilizar o método científico para provar que 1+1=2. A religião não precisa de métodos, pois as suas respostas estão nas escrituras (susceptíveis de várias interpretações) e mais ainda em respostas dogmáticas.

O conceito de marketing religioso é certamente controverso para quase todos e incómodo para a maioria dos crentes, que o diga a minha Mãe que tanto discuto com ela, e quase sempre termina com “vais ser deserdado”.

Se considerarmos o marketing como um processo que, visando a satisfação das necessidades, traz benefícios também para quem a gera, podemos com segurança afirmar que as organizações religiosas (e aqui sim, falamos de religião) têm como objectivo – core business – satisfazer um mix de necessidades – resposta à morte (à nossa e à dos nossos), ordenação do caos, pertença a um grupo, de onde viemos, como o mundo foi criado, entre outras. Muitas destas respostas são nos dadas pela ciência mas “falar de ciência e religião” basicamente é falar de água e azeite, que o diga Galileu…

Por outro lado, sabemos também que uma das ferramentas do marketing-mix é a comunicação - o P de Promotion é a arma de arremesso mais usada pela religião, por exemplo Jesus de Nazaré. Um grande comunicador, e através da sua palavra conseguiu transformar uma religião que tinha um punhado de seguidores para o que vemos neste momento passado 2 milénios.

Mas nos dias de hoje, devido a factores que já expliquei anteriormente as religiões encontram-se perante grandes dificuldades como por exemplo:

- a perda e a dificuldade em conquistar novos fiéis;

- as poucas vocações sacerdotais;

- a dificuldade em encontrar voluntários.

Numa sociedade em Crise Económica; e ainda mais com uma enorme Crise de Valores, torna-se mais fácil comunicar de forma acertada de modo a conseguir cativar mais crentes e fieis a se juntarem à causa das religiões.

A Religião como qualquer empresa, utiliza em seu benefício todas as ferramentas do Marketing existentes para deste modo conseguir mais clientes devotos, pois a concorrência é cada vez maior bem como as pessoas cada vez mais se afastam da “palavra de Deus”.

Uma grande arma que a religião tem é o O Diabo mais uma “ferramenta” do marketing religioso, pois temos sempre que ter um bode expiatório, neste caso presente na figura do chifrudo, vermelhinho, com o seu tridente…

Finalizando (isto já vai longo) e para ser deserdado de vez, todas as empresas têm factor intrínsecos, vejamos por exemplo o cristianismo:

* Produto: Vida Eterna

* Preço: Fantástico

* Marca: Cruz

* Manual de instruções: Biblia

  • Sede Empresa: Roma
  • Delegações: Todo o Mundo

Problema de Marketing: A Comunicação.

P.S. Convido a ver este debate:

https://www.youtube.com/watch?v=xFnSjmQCGDM&t=1s

NS

 

Marketing - Ensino Superior

O Ensino Superior em Portugal anda pelas “ruas da amargura”, ou melhor o ensino em geral em Portugal não anda nada famoso, relembro que comecei a minha escola primária há 30 anos atrás e de facto era para algo ter mudado e melhorado, mas acho que isto do ensino, tem é vindo a piorar, basta ver os rankings da escola pública e os dados não são muito famosos… Mas adiante…

Não bastando o nível do ensino estar a piorar com constantes mudanças, pois cada vez que mudam o Ministério da Educação, mudam tudo no ensino, mais o facto de cada vez termos menos alunos pois chegam no final da escolaridade obrigatória, queimam os livros e tentam fazer-se à vida, mais o facto que a taxa de natalidade estar cada vez mais diminuta, o que também não abona muito para as escolas, pois implica menos alunos… Esta fórmula do ensino nos dias que correm é “sempre a diminuir”; menos alunos, menos qualidade do mesmo, programas que “não lembram ao diabo” enfim, uma panóplia de ingredientes que nos faz crer que isto não irá acabar bem. Também lá diz o ditado, “Pau que nasce torto”….

Basicamente com o acima exposto quero dizer que as Universidades com menos alunos, recebem menos dinheiro, e tentam por portas e travessas atrair alunos. Basicamente não há dinheiro, basicamente o que ensinam não está adequado ao que o mercado procura, logo a questão que se levanta para quê tirar um curso, que em nada nos prepara para o Mercado / Selva do trabalho?

A culpa deve ser minha, pois vejo se calhar o “dark side” em tudo mas basicamente olhando para os canudos não vejo o que aproveitei das inúmeras cadeiras que tive… Ei mas sou Eu…

Passava o ano 2000, quando entro na Universidade do Minho, não que eu quisesse ir para a faculdade, mas as opções que tinha, basicamente me empurrava para a faculdade:

1º opção - Ir para Pescador (sem menosprezar, pois a minha família é toda de pescadores)

2ª opção - Ir para repositor de uma qualquer superfície comercial, mas os amigos estavam todos na Universidade (pois chumbei no 10º ano, e eles entraram 1 ano antes de mim)

3º opção - Ficar sem namorada, pois ela estava com os meus amigos na faculdade.

Tudo me empurrava para ir para a faculdade e lá fui eu ao Porto fazer a candidatura, sem os meus pais saberem. Chego à parte de cursos para me candidatar e quais faculdades, tinha que escolher 6. Claro está, 6 qualquer cursos, desde que sejam em Braga onde estão os Amigos e a Namorada.

Lá entro na primeira escolha, coincidências à parte, no mesmo curso da Namorada, eu Caloiro ela no segundo ano. Ainda me recordo da primeira aula que assisti; Epistemologia e Metodologia das Ciências Sociais, penso logo com um nome destes, isto deve ser uma cadeira fantástica. Entro no anfiteatro e sento-me numa cadeira com uma sala cheia de colegas, o professor chega e começa a fazer ditado. Sim ditado, imaginem 3 horas sentado numa cadeira a fazer ditados, penso porra regressei para a primária para fazer ditados, mas estes são longos… Os colegas com 3 canetas em cima da mesa, não vai alguma falhar, ter uma de recurso não é má ideia… Saio da aula, com uma dor no braço impressionante e pergunto a namorada se aquilo era algum tipo de praxe? Aula fantasma? Ela prontamente me diz NÂO: “Vai ser assim o semestre todo…” Shit.

As cadeiras mais interessantes para mim eram todas as que envolviam matemática, tudo que era teórico eu perguntava, para quê que isto serve?

Penso logo, aulas teóricas não coloco os pés, cravo um caderno a um geek que não perde uma aula para fotocopiar e estudo isto em casa e vou somente ás aulas práticas. Termina o primeiro ano e la me safo com 10 ou 11 as cadeiras todas.

Segundo ano e a treta continua, e penso seriamente em suicido pois eram 4 anos inteiros daquela treta, mas valha-nos o Enterro da Gata, as noitadas com os Amigos, a Copofonia, basicamente a parte do Marketing Relacional.

Em 2004 termino o curso e penso que devo ter aproveitado das cadeiras todas uns 30% os restantes 70% LIXO.

Chego ao meu primeiro emprego e de facto, o que pensava traduz-se em realidade, o que aprendi na faculdade não se aplicava ao mundo laboral, mas o Ser Humano adapta-se e aprende, eu não devo ser humano, pois sou lírico e utópico pois em 2008 penso em tirar um Mestrado em Gestão de Marketing.

Sou mais maduro, sou mais velho, sei o que quero para o futuro, estou no Instituto mais prestigiado de Marketing de Portugal e isto vai ser deveras prometedor e vai ajudar-me a fortalecer a minha carreira académica e pos ajudante a minha carreira profissional, mas… Uma vez mais ERRADO!

O raio do mestrado era mais do mesmo, aliás metade das cadeiras tive-as na licenciatura, se na licenciatura ainda aproveitei 30%, no mestrado deve ter rondado os 15% (pois aqui não havia vida boémia) o que tornava o processo de mestrado mais doloroso.

Por fim penso, perdido por 100 perdido por 1000, deixa lá tirar um Doutoramento, lá me escrevo em Marketing e Estratégia na Universidade do Minho, Aveiro e Beira Interior e basicamente foi terrível, pois aqui não poderia faltar ás aulas e tive que gramar com aquilo tudo. Eu perguntava se os professores acreditavam no que estavam a dizer, perguntava em que mundo eles vivem, cheguei a perguntar á minha professora de Marketing e Ética se ela conseguiria abrir uma empresa se colocasse em prática toda a ética que me estava a debitar? Levei com um “Mau Olhado” e com uma negativa. Não tendo aprendido com esta professora, pergunto ao meu professor de Inovação e Empreendedorismo se ele foi Empreendedor alguma vez na vida, novamente recebo o “Eu é que sei” e um chumbo novamente.

Penso para comigo é melhor ficar caladinho como os demais senão os 3.500€ por ano, durante 5 anos, irão se transformar em 3.500€ por ano em 10 anos. Sim as propinas eram este valor…

Mas ao ver o panorama do curso, penso, deixa-me colocar a andar daqui para fora, e lá me inscrevi este ano para terminar a tese em Espanha, e por incrível que pareça as propinas passam de 3.500€ para 200€ / ano.

No doutoramento acho que irei aproveitar 5% do mesmo, que equivale ao diploma, nada mais que isso.

Conforme disse o problema devo ser eu…

Neste contexto, o futuro do Ensino Superior em Portugal dependerá enormemente da capacidade das instituições para assumirem estratégias competitivas, detectarem novos segmentos de mercado, procurarem alternativas de financiamento, encontrarem novas formas de relacionamento com o tecido sócio económico, reverem os cursos existentes e/ou criarem novos cursos e promoverem eficazmente os seus serviços, educacionais e outros. Resumidamente, poder-se-á afirmar que as instituições de Ensino Superior necessitam desenvolver soluções organizacionais que lhes possibilitem enfrentar, com sucesso, os desafios com que se confrontam.

Se as instituições não mudarem certos programas curriculares, não adequarem os cursos á realidade económica do Mundo, não criarem novos cursos, por exemplo virados para a Era Digital, se não reformularem o seu corpo docente e voltarem a ter professores em vez de teóricos publicadores de artigos em revistas, não existirá estratégia de Marketing nenhuma que trará os alunos de volta para as universidades, pois além do canudo o valor acrescentado é quase Nulo.

Termino com uma troca de email entre mim e um ex professor:

“Felicidades para a fase final do doutoramento !   Tens razão, muitos dos teóricos doutorados não têm noção das realidades, estão, na verdade, desactualizados no conhecimento porque têm uma cultura livresca em fontes já ultrapassadas, etc. E, em especial em domínios como a gestão, em que é impossível ensinar realmente se nunca se praticou, com frequência não estão sequer preparados para ensinar. Mas não têm consciência disso. Mas, mesmo que, em substância, não represente tanto como poderia, acabares o doutoramento pode vir a ser uma vantagem. Mesmo que o que sabes e venhas a saber não tenha sido aprendido com o doutoramento.”

NS

Marketing - Casamento

O Casamento… Basicamente é um vínculo / contrato / entre duas pessoas que de livre vontade fazem de forma a celebrarem o “Amor” que têm uma para com a outra com o intuito de durar para sempre. Se uma empresa procura “Amizades” com os seus Clientes, imaginem se as mesmas conseguissem “Casar” com os clientes, até que “a morte os separe”… Mas existe o reverso da medalha, O Divórcio, cada vez mais em voga nos dias que correm… Isto nenhuma Empresa o quer… Aliás acho que nenhum casal o quer… Mas são coisas que acontecem.

Casar, simplesmente, é fácil, o difícil, no entanto, é fazer com que o matrimónio dure até que a morte separe o casal, como diz a famosa frase em todas as cerimónia de casamento. Logo comprar é fácil o difícil é manter o cliente neste casamento e fazer com que ele jure fidelidade na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, blá, blá, blá… para com os Produtos / Empresas.

Agora imaginem o Marido / Esposa com os seus históricos, com as suas manias, com as suas “pancadas”, com os seus valores, com as suas valias, com os seus defeitos, ir viver para debaixo do mesmo teto com a sua Esposa com tudo o que foi atrás descrito completamente distintos um do outro, que chances tem isto para dar certo? Mas isto é um Casamento…

Valha-nos antes deste fatal passo, a fase dos “ajustes” a fase dos “treinos”. A fase onde o Casal coloca as suas hipóteses, faz os seus testes, e vai validando ou não as mesmas, basicamente a denominada metodologia científica, o alinhamento de expectativas, a época do Noivado.

Fazendo o paralelismo entre a Relação entre os Departamentos de Marketing e Vendas por exemplo, verificamos que não é muito diferente do Casamento? Ambos trabalham numa mesma Instituição, lado a lado, aparentemente com o mesmo alvo: produzir / vender mais…? Mas será que eles têm as mesmas expectativas?

Basicamente quando se namora perguntam quando vão ficar noivos; depois de ficar noivos quando vão casar; depois de casar quando vão ter o filho; depois de ter o filho quando vão ter o segundo (sexo diferente de preferência do primeiro filho(a)) and soo on… Basicamente este é o itinerário de uma relação.

Mas num casamento nem tudo é conto de fadas, como nos contam nas histórias de fadas, duas pessoas distintas, duas pessoas que as vezes não querem a mesma coisa…

Um problema nos Casamentos falta de acordo (para o meu dar certo eu concordo com tudo…), isto pode causar um grande problema, mas o casal lá adapta a sua visão e ajusta as necessidades um do outro… como diz na música de Leandro e Leonardo “Prá se ter paz no amor os dois têm que ceder”, sim aqui percebem que gosto de música sertaneja.

Entre Vendas e Marketing, deve haver um acordo pré-estabelecido entre as duas partes sobre assuntos essenciais na relação. O assunto ideal é saber quais são os Clientes ideais e com quem poderemos Casar. A definição dos Clientes é fundamental para o desenvolvimento de produtos / serviços que as empresas oferecem, como também a produção de conteúdo nas estratégias de marketing digital das empresas, o que trará novos Casamentos, sim a Poligamia aqui é permitida, mais que isso é necessária.

Eu gosto do Varzim, ela gosta do Rio Ave (basicamente um Guimarães contra Braga). Eu faço assim ela faz assado. Gostos e manias diferentes é outro tónico para termos problemas no Casamento. Para isto não acontecer, fazemos concessões, acordos, e em Equipa chegamos a um acordo.

Então na empresa é a mesma coisa. Algo que é fundamental é traçar a jornada de compra dos Clientes e definir quando e como se deve abordar cada Cliente.

Outro ponto porreiro é basicamente nós homens não entendermos as mulheres, eu cá acho que elas falam uma linguagem não entendível. Tudo vem com duplo sentido, tudo é subjectivo… Ela fala A eu entendo B, quando na verdade elas falam o Alfabeto todo numa frase. A falta de comunicação é fundamental num Casamento.

Nas empresas acontece exactamente  o mesmo a comunicação tem que ser clara, concisa e entendível. Nós homens ainda conseguimos nos esquivar de mal entendidos com uns bombons ou ramo de flores, ou… No caso de uma empresa, a falha de comunicação pode ser o divórcio, e não  há jardins que consigam remendar o mal feito numa má comunicação.

Um relacionamento conjugal requer muito esforço, respeito e adaptação (basicamente assente em 3 pilares, Sexo; Dinheiro; Amor). Da mesma forma, para as empresas poderem trabalhar de forma saudável e eficaz, é fundamental definir alguns aspectos como criar o seu público alvo, entender a jornada de compras e traçar os papéis para uma comunicação clara.

É fundamental numa Empresa casar com o seu cliente e manter esta relação duradoura pois um divórcio pode gerar o fim da empresa.

Será que esta fórmula é válida (eu acho que sim) para um casamento resultar?

Casamento = Sexo x Amor x Dinheiro

Partindo da premissa da fórmula acima, qual a fórmula de um "casamento empresarial" funcionar?

NS

Marketing - Amizade

Bom dia, tal como esperado o post de ontem foi o mais visitado, como 4 letras mudam tudo… Hoje venho falar de outra palavra não tão apelativa como Sexo ou Amor mas tão importante como estes; Amizade. Andando a cuscar blogs por este mundo virtual fora encontrei esta definição de Amizade.

“A amizade é um pilar fundamental na vida de cada um, e esta pode vir de qualquer parte: colegas de trabalho, colegas de faculdade, amigos de décadas, família.”

http://chicana.blogs.sapo.pt/tudo-uma-questao-de-companhia-55018

Com as novas tecnologias de informação verificamos cada vez mais as Empresas a tratar os seus Clientes não como um Número (como outrora), mas adoptando uma estratégia de Amizade (mais bonito que um número). Tal como nós procuramos em um Amigo, as Empresas também buscam uma maior proximidade, durabilidade (nada de one night stand), em torno dos seus Amigos, tal como nós.

As empresas “abriram as portas das suas casas” aos seus Novos Amigos convidando-os a entrar, muito através das novas redes sociais, que fazem com que as empresas respondam aos seus Amigos just-in-time, lhes forneça informação, lhes dê respostas e permita uma interacção com eles diariamente, assim o Cliente / Amigo não se sinta só, pois “São eles (Amigos) que nos ajudam a ultrapassar as dificuldades, são eles que estão para sorrir connosco e dividir as tristezas que nos assolam”.

As Empresas nos dias de hoje querem lá estar também connosco para dividir as tristezas e alegrias, mais não seja na forma de um chocolate, de uma cerveja, e afins…

A Superbock e a Sagres durante o Euro muito comunicaram a ideia de ver o jogo e beber uns “bejecas” com os Amigos.

O que antigamente poderia ser uma simples troca, nós vendermos um produto e alguém pagar por isso, tornou-se um relacionamento complexo. Hoje nós amamos, odiamos, defendemos, falamos mal e perdoamos as marcas. É assim como com as pessoas do nosso dia a dia, nós criamos expectativas sobre elas. Alguns poucos bons encontros e já estamos esperando muito mais.

Se verificarmos até a própria comunicação mudou, já não é tão, informal “fato e gravata” mas já mais pessoal e com gírias que antigamente não se via (estou desejoso por ver alguma publicidade a utilizar uma palavra como Fonix; “Fodasse” ou Carago; “Caralho”, gírias que usamos no nosso círculo de Amigos, pois dizer as mesmas fora deste círculo não é a mesma coisa… Falta-lhe algo se não for dito com aquelas pessoas naqueles locais… Aqui usamos o Fonix; "Fodasse" como vírgula e o Carago; "Caralho" como ponto final, a comunicação das empresas caminham para este tipo de intimidade com os seus novos Amigos.

Podemos reduzir a amizade a uma Fórmula matemática, sim sou grande admirador de Números, que posso fazer…

 

Amizade = Proximidade x Frequência x Duração x Intensidade

 

Para uma amizade ser duradoura é necessário que uma das variáveis dependentes não falhe, pois qualquer coisa vezes ZERO é? NADA!

É isto que as empresas buscam neste novo relacionamento com os seus novos Amigos, tudo uma “Maior”:

  • Maior Proximidade
  • Maior Frequência
  • Maior Duração
  • Maior Intensidade

As marcas estão a construir um relacionamento com os seus consumidores / Amigos e sempre a alinhar as suas estratégias com as expectativas destes, Amigos.

O conceito de Amizade Comercial está relacionado à intimidade, ao tempo de convívio e às revelações pessoais, sendo que para os clientes / Amigos a confiança no serviço oferecido tem influência sobre a manutenção de uma relação de amizade. Esta relação é limitada essencialmente pela percepção de que os clientes e profissionais pertencem a mundos diferentes e que a relação é regida primariamente pela instrumentalidade da troca comercial.

Finalmente, consequências de marketing podem ser observadas de relacionamentos que são caracterizados como amizade, entre elas o comprometimento, o boca-a-boca (não o jogo “bate-chapas”) positivo e a fidelidade, esta última essencialmente ligada á satisfação.

Os verdadeiros amigos são como anjos! Descobri essa irrefutável verdade ao perceber o quanto são raras essas preciosidades que chegam de repente na vida e se alojam devagar em locais especiais e essenciais da nossa existência. O Marketing também descobriu que estes “anjos” são deveras importantes para a sua sobrevivência.

O importante é termos anjos...

O importante é sermos anjos…

NS

 

Marketing - Sexo / Amor

Só com este título provavelmente este será o post com mais visualizações que este blog alguma vez irá ter, não sendo a palavra “sexo” a mais procurada no motor de busca Google.

Amor e Sexo. Cada uma dessas duas palavrinhas possui apenas quatro letras, mas é o suficiente para mexer de forma significativa com a vida da maioria das pessoas. Tema comum nas conversas com os amigos, nas letras das músicas, na internet, nos programas e novelas de televisão, o assunto gera interesse e desperta a curiosidade (hummm curiosidade, coisa que o Marketing “tão pouco gosta”.

Estava a ler um post sobre se fazemos Sexo ou Amor e de facto se perguntar a 100 pessoas 99 de certeza irão responder que fazem o “Amor” pois a semântica na palavra Amor leva-nos para uma cenário Idílico de contos de fada, ao contrário da palavra Sexo que nos remonta mais para a parte das bruxas dos mesmos contos…

http://mariamocha.blogs.sapo.pt/o-que-e-que-vai-ser-amor-ou-sexo-69968

Vamos nos concentrar nos anúncios de Perfumes por exemplo. Sempre aparecem neste tipo de anúncios Mulheres Lindas com corpos esbeltos, Homens Lindos com corpos esbeltos ou ambos no mesmo anúncio (basicamente todas as minhas pretensões de fazer um anúncio publicitário de perfumes esbarra no Lindo e Esbelto)… O Uso da Emoção Sexual começou a ser banal e já não suscita por parte dos consumidores qualquer tipo de conotação machista ou feminista quando estes aparecem quase sempre seminus, ou de lingerie ou de pijama, a Emoção Sexual que estes anúncios transmitem passou a simbolizar uma qualquer forma de lazer e descontração.

O Amor está no ar, o Sexo ajuda a vender, isto está presente em qualquer campanha deste tipo de artigo, pois existe sempre um corpo atraente que nos incita logo uma imagem de Sexo, mas ao mesmo tempo nos permita não o banalizar e pensar que não se deve desistir do Amor.

O Sexo e o Amor viram uma ferramenta de Marketing muito bem usada por variadíssimas empresas.

A Sociedade cada vez tem a mente mais aberta e cada vez aceita mais estas publicidades com conteúdo, teor e carisma sexual. Já ninguém tapa os olhos ao ver na TV uma cena de intimidade, de teor erótico (até se tira uns apontamentos para mais logo tentar).

Um psicólogo qualquer disse isto: “Se existir amor e uma boa química entre o casal, dá para encontrar um ponto no meio do caminho que satisfaça a ambos”. As empresas já encontraram este ponto e por isso utilizam os conceitos de «Sexo e Amor» aliados à elegância e ao bom gosto  desta forma chega ao seu climax que é as Vendas.

Não deverá faltar muito para as marcas perderem o Medo e começarem a direccionar também as suas campanhas de marketing para os consumidores Gays (em média esta é uma classe com um nível de vida médio alto) e decerto irão ter resultados positivos.

Vivemos hoje num mundo em que cada geração entende o sexo de uma maneira. Para alguns, é um desporto; para outros, é uma forma de entretenimento, uma estratégia de marketing, uma expressão pessoal de amor, um laço sagrado, um meio de procriação, um instrumento de manipulação ou, simplesmente, ‘aquilo’...

Finalizando: O Sexo vende o Amor fideliza.

NS

 

 

Marketing - Rádio Comercial - Pai Natal - Coca Cola WTF!?!?

 

http://radiocomercial.iol.pt/destaques/8268/a-verdadeira-historia-de-santiago-o-4-rei-mago

"... o senhor faz um acordo publicidade com uma grande multinacional: " Mas qual, qual...! - "Não sei... Olhe mas ponha-se à coca e não seja cola"..."
Hum, escrevi esta temática ontem será que estes tipos usaram-me para escrever o episódio 7 ?!?!?

NS

 

Marketing - Os Preços “Desde” “Até”

Existe uma grande concorrência hoje em dia, de modo a que existem certas empresas de publicidade que divulgam os seus produtos de tal forma que os consumidores, ao adquiri-lo, não têm exactamente a noção do que estão a comprar.

Mas não convém esquecer que o Marketing é uma boa ideia, a ideia de que tudo deve ser feito em função dos outros, os consumidores, tendo em conta as suas motivações e características pessoais, procurando satisfazê-los e fidelizá-los. A ideia subjacente à orientação Marketing é, pois, uma ideia humanista e altruísta. Contudo, tal como todas as coisas boas da vida, também o Marketing pode ser mal utilizado e prejudicar os consumidores, o que não faz dele uma coisa má…

Após ler o seguinte post:

http://chicana.blogs.sapo.pt/precos-passagem-de-ano-74546

 

A autora deste blog “idealizou” uma passagem de ano e “esbarrou” de frente com os “preços psicológicos” que tanto as empresas usam… Normalmente os preços psicológicos ganham, mas aqui a Autora por ser excelente matemática conseguiu resistir ao seu “lado Animal Compulsivo de Consumidora”; coisa que todos os Seres Humanos têm (necessidades ilimitadas para recursos limitados), por isso Chic´Ana estás de parabéns.

O desde 129€ terminava num pesadelo de 588€…

De facto é muito interessante verificar o que o Marketing pode fazer com duas palavras:

  • “Desde” 129€… que no final feitas as contas não é muito bem assim.
  • Ou o típico descontos “Até” xx% que também no final não existe, quando existe é de fugir.

Caríssima Chic´Ana para conseguir os 129€ acho que teria que dormir mesmo num curral, tipo Menino Jesus quando Nasceu :)

Quantos de nós não passamos pelo mesmo. Eu tinha sempre stress, nas viagens de avião, onde certas companhias publicitavam viagens desde 49€ e de facto nunca viajei por este valor…

Poderíamos apelidar de Publicidade Enganosa, mas de facto é legal, não tem nada de “enganador” aqui, bastava-se para isso ficar pelo pacote básico… mas que normalmente não existe. Tipo ir comprar um carro anunciado na TV que custa 10.000€. Chegasse ao stand e perguntasse pelo carro e a resposta é: “esse carro é o mais base e não temos para entrega, terá que esperar 3 meses pelo mesmo, mas não tem AC; nem pintura metalizada, etc… Basicamente um carro que ninguém compraria, pois era preferível optar por uma moto.

Este tipo de publicidade resulta e por isso é que continua a ser utilizado com relativo sucesso, basta verificar os hotéis neste momento, completamente Esgotados. Mas fica aquele saber amargo de que fomos enganados por:

  1. deturpação
  2. omissão
  3. composição do produto/serviço
  4. condições e formas de uso
  5. falta “decomprovação”
  6. imoralidade
  7. preço

Basicamente o que quero dizer é que isto leva à “Indução do Erro”, uma vez mais se comprova que a Ética no Marketing é tipo “água e azeite”…

Nós consumidores temos que estar atentos a estes fenómenos e é imperativo estarmos informados; educados e termos uma lei que nos proteja e não uma coisa dúvia e obscura. So Welcome to the Dark Side do Marketing.

Como referido nós somos seres consumistas e as compras compulsivas são, porventura, um dos fenómenos mais degradantes (para o consumidor e mais explorados por parte das empresas). As suas causas são múltiplas, combinando elementos de vulnerabilidade e desequilíbrio pessoal com os estímulos da publicidade e do merchandising. Melhor do que usar o Marketing como bode expiatório dos comportamentos excessivos, seria investir no papel dos consumidores, quer ao nível dos seus direitos e capacidades, quer ao nível do seu poder de participação nas decisões políticas e organizacionais.

A Ti Chic´Ana resta-me dizer que uma tenda na praia, com um radio a passar boa musica ao lado de quem se gosta, é o clima ideal, pois estes dias são para estarmos ao lado de quem gostamos. Espero que não haja nenhum tsunami senão mais valia gastar os 588€.

NS

Marketing - Pai Natal e Coca Cola

Manhã de nevoeiro. E tão natural aqui. Quase banal. Fecho os olhos. Aspiro a humidade que se mistura com o cheiro a maresia e que se cola suavemente ao corpo. E bom estar assim … Mas … Ai o Natal … Porque acabamos neste mês por falar sempre nele?

Percorro as ruas da minha cidade e vejo-as completamente iluminadas, de todos os tons do arco-íris … São milhares de pirilampos que cintilam na escuridão … Ai o Natal esse fenómeno essencialmente de ausência da luz natural, pois decorre perto do Solstício de Inverno, sim esse dia do ano em que a luz solar é a mais diminuta do ano. Mas nada melhor que o Velhinho Gordinho, Barbudo para pintar o nosso Natal com a Cor da Paixão o Vermelho, coincidência ou não… tem exactamente as mesmas cores que o logotipo da Coca Cola…

Afinal o Pai Natal é fruto da Coca Cola, da Mitologia, ou miraculosamente apareceu do nada? Como não acredito que nada aparece do nada (redundâncias à parte), o que é certo é que não foi a Coca Cola quem inventou o Pai Natal, pois existem retratos do Pai Natal anteriores ao seu aparecimento em anúncios da Coca Cola, mas uma coisa é certa.

A Coca Cola não criou o Pai Natal. A Coca Cola Massificou o Pai Natal que conhecemos na actualidade, na sua primeira aparição num anúncio em 1930.

É o Espírito Natalício. Aquele que, imune a Corrupção, Políticos; Crises e outras catástrofes, parece amolecer angústias, varrer tristezas, aquecer corações solitários, mas que também anima empresas e economias...

Quem melhor para fazer anúncios no Natal, que não seja a Coca Cola? Desde que me recordo a Coca Cola já por si, faz campanhas fantásticas, mas no Natal, são verdadeiras obras de arte.

Neste anúncio esta marca consegue transmitir os valores que pensamos que o Natal representa, tais como “o dar”, “o partilhar”, “o ajudar o próximo”. Alia família com uma criança a distribuir Coca Colas pela vizinhança; pelos “mais necessitados”…

Quando juntamos Família; Ursos Polares (sim essa publicidade está fantástica também); Crianças e Pai Natal está dado o Mote para uma publicidade bombástica.

Tento fechar os olhos e pensar em um Natal sem marcas e sem um Pai Natal e de facto é impossível. De facto a imagem do Pai Natal que conhecemos hoje, foi tão divulgada que é impossível imaginarmos um Pai Natal, como sendo um Elfo com vestimentas de animais. Ou Imaginar um Lucky Luke vestido de Pai Natal (magrinho, sem barba, com a cara queimada de sol, com um cigarro na boca e em vez de montado em renas, montado no seu cavalo)? Não seria a mesma coisa…

Será que o Pai Natal Existe?

Irá existir enquanto os mais novos acreditarem, porque nos dias de hoje, nós seres humanos, crescemos a ouvir falar do Pai Natal, barbudo, gordo, com renas, com roupas vermelhas e brancas, que deslumbra as crianças. Mas de um ponto vista da comunicação e mais uma vez a redundância, sim existe, porque a figura do Pai Natal, é uma forma de comunicação, ou seja, todos os anos na altura do Natal, início de Dezembro, este volta a ser usado, atualmente por diversas organizações como forma de publicidade e de marketing, para darem a conhecer a sua organização como também aumentar as vendas. Com efeito, o Pai Natal, permitiu a diversas organizações estabelecerem relações directas com o seu público, principalmente, as crianças, que são os que mais comandam o Natal.

Em Suma o Pai Natal irá sempre existir, pois convém á pequenada que exista, convém aos pais que exista e acima de tudo convém ás Marcas que exista.

Provavelmente podemos dizer que sem Coca Cola Não existiria o fenómeno Pai Natal (como o conhecemos), por isso não é de estranhar que quando 4 pessoas vão a um restaurante,  nenhuma das 4 sabe o que pedir para beber, 2 pedem uma Coca Cola.

O Pai Natal está Vivo graças á Coca Cola e irá continuar vivo graças a todas as outras Marcas, Shoppings, Lojas, Casas, que o utilizam nesta época.

NS

 

Marketing - Infantil

Se existe época no ano que eu adoro, essa época é o Natal. Mas existem 2 coisas que odeio no Natal:

1 - As músicas que vêm embutidas nas luzes estridentes do pinheiro de Natal, a possibilidade de poder colocar as luzes de modo mais ou menos frenético. Por um lado as musics causam-me poluição sonora, e uma enorme vontade de enfiar uma faca nos tímpanos de forma a não ter que gramar com aquele som. Por outro lado o cintilar das luzes de forma mais rápida, em primeiro lugar dá-me a sensação do que é ser epiléptico, e uma enorme vontade de sacar os globos oculares da minha face.

2 - A Publicidade Infantil que de facto nesta “altura do campeonato” é completamente exacerbada, e exagerada, fazendo com que a pequenada vire uns autênticos diabos consumistas (eles já o são, nesta altura então… O meu filho está a fazer a carta ao Pai Natal à 2 semanas e cada dia que passa ele coloca uma nova página na sua carta sobre o que quer para o Natal. Neste momento em vez de uma carta, tenho uma “epopeia” dado a quantidade de páginas que aquela “carta / livro” já tem.

O Marketing Infantil é, hoje, uma das maiores ferramentas para vender produtos, influenciar famílias e conquistar a fidelidade de clientes. Este tipo de mensagem direcionada às crianças prejudica a auto-estima e desvirtualiza os valores dos pequenos, faz com que a pequenada não dê valor aos presentes que recebem, pois o que eles querem é abrir presentes e depois “colocam de lado”. Aquele apetite voraz de ter muitos presentes, de abrir e rasgar os embrulhos sem sequer se preocupar o que contém dentro destes.

Quando eu era criança já notasse esta têndencia de ser bombardeado com publicidade dirigida a mim, mas nesse tempo não passava tanto tempo dentro de casa, por conseguinte não passava muito tempo em frente a uma TV. No meu tempo só existiam 2 canais de TV depois passou a existir 4… No meu tempo não haviam computadores nem internet…

No tempo actual os nossos diabretes consumistas passam muito mais tempo em casa, têm acesso a uma tv com uma panóplia de canais à sua disposição, bem como tablets e computadores ligados a uma internet… Eu olho para os pequenos e já nem os imagino e os vejo como crianças, mas como pequenos geeks… A Sociedade já os obriga a crescer demasiadamente rápido, o Marketing Infantil encurta ainda mais a sua infância.

Mas com tudo aqui exposto podem dizer, Ok, mas a culpa é dos pais. Os pais é quem tem que educar os filhos e os proteger deste tipo de situações. Sim por uma lado concordo que temos que educar a nossa pequenada, mas o que acontece de facto é que não para lhes proteger de tudo, quando em 10 horas de emissão de um canal da Disney por exemplo temos mais de 10 mil inserções de publicidade infantil. Também não conseguimos controlar o que eles vêm nas escolas, com os amigos, etc…

Muitas vezes, os próprios familiares não possuem consciência dos prejuízos causados pelo consumo de determinados produtos, deixar ao livre arbítrio destes a escolha dos bens consumidos por crianças e adolescentes pode acabar por impedir a criação e o desenvolvimento de uma visão crítica, bem como a conscientização dos menores de idade acerca dos benefícios e malefícios causados pela publicidade infantil.

Então qual o caminho, proibir? Impossível isto acontecer. Não acredito que se consiga proibir este tipo de bombardeamento infantil. Vamos proibir a pequenada de ver TV, qual o resultado? Em casa não são bombardeados, saem de casa e têm outdoors, revistas, jornais, escola, ATL, etc…

A consciencialização é o caminho, as para ambas as partes, por parte dos pais e por parte das empresas pois deveriam existir limites para todos. Isto é sempre uma “faca de dois gumes”: por um lado os entendidos no assunto afirmam que as empresas abusam da falta de autonomia da criança para vender os seus produtos e gerar lucros à empresa; por outro lado, as empresas defendem que banir é tirar dos pais a responsabilidade e o direito de educar os filhos e o direito da pequena à informação…

Como tudo na vida tem que existir limites e aqui neste momento não o há, como o por exemplo em países como na Suécia, os anúncios dirigidos a menores de 12 anos podem ser exibidos somente após as 21 horas. Na Holanda, eles são totalmente proibidos na TV pública, em qualquer horário. Na Alemanha, a programação direcionada às crianças não pode ser interrompida por mensagens publicitárias, quadro observado também na Dinamarca, que decidiu proibi-las durante os cinco minutos anteriores e posteriores às atrações.

Mas infelizmente até quando isto ser generalizado para todos, até quando deixar de responsabilizar somente os pais e responsabilizar todos que entram neste processo de Marketing Infantil?

“Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas.” Será que já não vivemos esta realidade?

NS

 

Marketing - Publicidade Com Crianças

“Deixai vir a mim os pequeninos porque deles é o reino dos céus”, Mateus 19:14.

Na vertente organizacional esta frase aplicava-se da seguinte forma: “Deixai usar as Nossas / Vossas criancinhas nas campanhas publicitárias pois elas são a chave de entrada na casa dos nossos clientes…

Quando vemos crianças a trabalhar em “países do terceiro mundo” pensamos logo em, escravatura infantil. Pois não se deve colocar crianças a trabalhar. Quando vemos fotos / videos de crianças com as suas carinhas todas sujas, com fome, num clima e ambiente de guerra, numa linha de produção de uma empresa, ficamos todos indignados, as fotos e os videos tornam-se Virais e todos “escarnecemos” a empresa e os países que fazem este tipo de atrocidades (eu sou um deles), mas… sim à sempre um mas…

Quando vemos um anúncio de uma criança “bonitinha e fofinha” a fazer as suas “malandrices” inocentes, achamos “fofo” achamos “piada” achamos engraçado. Não será este também um caso de trabalho infantil? Não deveria ser isto também alvo de sanções? Não deveria também este tipo de Trabalho / Publicidade ser censurado?

Ora vejamos o video acima. Este video foi censurado, e proibido através do código de publicidade mas o facto é que o mesmo foi “para o ar” mas em vez de aparecerem vozes a dizer ai e tal isto é escravatura infantil, ai e tal isto não se faz, olho o video e vejo os seguintes comentários:

“Este comercial é um dos melhores que já vi e sigo a publicidade desde há muito. Tão simples, como eficaz e excepcional. Aos criadores deste videoclip devem ser dados os parabéns! Muitíssimo bom!” Carneiro, Manuel (2015). Então Senhor Manuel, o uso ilegal de crianças não conta? Já não interessa? Esta publicidade é ilegal, mas é “eficaz e excepcional”…

Awseel, minecraft (2016), escreve: “brutal.. apesar da censura a Vodafone esta de parabéns”. A sério? Are you joking? Então o video é censurado, é ilegal, mas a empresa está de parabéns?

Guerreiro, Gustavo (2016): “Cristina Resende o vosso bebe é lindo , emociona-me cada vez que vejo a publicidade. Parabéns :P” Este comentário até identifica a mãe do bebé da publicidade em epígrafe. Os bebés de facto são lindos, são a melhor coisa do mundo, são inocentes, mas uma vez mais “É ILEGAL” usar!

Vou passando os olhos nas comentários e continuam os elogios, tirando um ou outro Ser mais atendo, e de facto é que este tipo de trabalho nos “países do primeiro mundo” é “Normal”, “Bonito”, “Fofinho” …and so on…

Basicamente a diferença aqui reside no facto da Criança não estar a fazer um “trabalho forçado” não tem a cara suja, não se vê “pele e osso” logo esquece-mos as ilegalidades e “deixamos passar…”

O Código da Publicidade basicamente não existe para algumas empresas que passam de forma impune ao desrespeitar este, e podemos citar aqui imensas empresas, principalmente de produtos de limpeza, que muito recorrem a este tipo de publicidade, por exemplo: Skip, Fairy…

Isto basicamente me faz lembrar a Máxima de Maquiavel - Os Fins justificam os meios. E que “grandes fins” este tipo de publicidade acarreta a quem os utiliza, que vê a sua marca a ser mais reconhecida e sendo parabenizada pelo tipo de publicidade utilizada, mesmo sendo de forma ilegal.

Já não chega a quantidade de publicidade direccionada para este público pequenino e inocente (deixemos esta temática para outro post), tipo macdonalds em muito usa e abusa deste tipo de publicidade incitando os mais novos a enveredar por uma vida de obesidade e de AVCs… Vale complementar tal preocupação com este “mercado de influência” envolvendo crianças incitando as próprias na sua inserção precoce numa rotina adulta de testes e busca de profissionalização para conseguir papeis nos anúncios.

Os Pais aplaudem pois “ganham mais uns dígitos nas suas contas bancarias bem como uns tremendos likes e comentários “fofinhos” em relação aos seus filhos.

Nós aqui num “país do primeiro mundo” inseridos num contexto de União Europeia, tanto falamos de ética, tanto gostamos de apontar o dedo aos “países do terceiro mundo” nesta e em muitas outras questões não passamos de uns cínicos, pois fazemos o mesmo que eles mas de uma forma mais “fofinha”.

Crianças a fazer campanhas publicitárias é proibido por lei, mas esta lei teima em ser aplicada, e cada vez mais vemos as “nossas criancinhas” a serem utilizadas pelos “Grandes Tubarões”, muito gostamos de tapar os nossos olhos.

Publicidade dirigida para crianças também deveriam ser proibidas por lei? Também deveriam ser regularizadas? Tentarei verificar isto no próximo post. Ainda mais nesta época onde ligamos o Canal Panda e somos completamente “atropelados” por publicidade direccionada aos mais novos.

Em suma, muito gostamos de apontar o dedo aos outros, mas quando nos apontam o dedo a nós, o que fazemos é “assobiar para o lado…” Pois não interessa ir ao cerne da questão. Não convém ir ao cerne da questão. Não queremos ir ao cerne da questão.

 

NS