Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Marketing - Natal e as Crianças!

 Eu gosto muito da frase “Natal é todos os dias” ou “Natal deveria ser todos os dias” ou melhor, Natal é sempre quando o Marketing quiser :P

Um tipo liga a tv e é inundado por publicidade de prendas de natal, e 90% desses anúncios virados para as Crianças, pois não há nada como ter um puto em casa a dizer, quero isto, quero aquilo e a querer tudo que aparece na tv.

Nesta época de puro consumismo onde se anda a apregoar paz, amor e fraternidade, mas o que vale no final são o rasgar dos presentes, as Crianças a chorar pois só tiveram 10 presentes e o primo teve 11 e as empresas a “esfregar as mãos” de contentes por as vendas dispararem nesta altura.

Foi por causa das Crianças que comecei a gostar do Natal, mas em contrapartida a minha conta bancária neste mês de Dezembro não gosta muito de mim… Ninguém melhor do que as Crianças para representar o sentimento de esperança que toma conta das pessoas nesta época do ano, também ninguém melhor do que elas para nos “obrigar” a esvaziar a conta bancária com o típico “quero isto, quero aquilo, quero este mundo e o próximo”.

Na Família sabemos o poder que a Crianças têm, as empresas também o sabem, o Marketing acima de tudo funciona como um grande player a colocar as suas práticas e as peças do jogo no seu devido lugar, direcionando a sua atenção e todas as suas armas para o seu público target preferido. Sim estes Pequenos Seres que tanto poder trazem no seio de uma família.

Estamos em Dezembro, “os dados” já estão lançados à muito, o Marketing já colocou o seu Master Plan em movimento, as lojas já colocam também os seus planos em dia, aliás este ano, até começou demasiado cedo, pois vi montras enfeitadas de Natal em Outubro…

Todos Vós / Nós têm / temos uma ideia idílica dos "velhos tempos" – aqueles em que nada mudava e tudo estava mais próximo da sua verdadeira essência. Neste caso, esse tempo coincide com a nossa infância – aí, sim, o Natal era o Natal, não no meu caso, pois para mim era um dia igual aos outros…

Agora vejo o Natal de forma diferente, pois entra na minha equação as Crianças e vejo o Natal nos olhos delas, aquilo que não tive e que elas têm…

Então “bora" pensar naquele velhinho gorducho, de barrete vermelho e orlas brancas, a deslizar no seu trenó. O que seria do Natal sem ele, não é? Pois se não fosse o Marketing, nem nós, nem os nossos pais, nem os nossos filhos, jamais teriam ouvido falar dele. Nada como esperar pelo tocar da campainha e ver aquele velho a entrar com o saco de presentes dentro de casa, para os meninos bem comportados…acreditar nele, é o sinal característico da infância.

O que certamente custa a aceitar, nessa forma de ver a interferência do Marketing nas nossas tradições, é que nela se misturam espiritualidade e comércio, inocência e astúcia, espírito de Natal e espírito de iniciativa, e podemos transladar isto para o “Coelho da Páscoa”; “Cupido, dia de S. Valentim”, “Dia da Mãe”, “Dia do Pai”… Etc… Todas estas “festividades” ajudam a estruturar as nossas relações familiares e sociais, e o Marketing aplaude e ao mesmo tempo nos esvazia os bolsos.

Logo a questão que aqui se coloca é: Isto é bom ou mau? É a realidade que nos apresenta e não há nada a fazer. Podemos dizer que é mau, pois deturpamos o sentido do Natal, mas de facto eu gosto desta deturpação, do rasgar dos embrulhos, dos putos abrirem os brinquedos e não ligarem puto a eles e brincarem com as caixas dos mesmos e não como brinquedo em si…

NATAL… é no tempo de menino, que mais sonhamos, que mais ingénuos somos, que mais nos rimos, rimos de bem-estar, de um abraço dos pais, de um arroz-doce da avó, de um chupa-chupa do senhor do café, dos desenhos animados.

Ter sido uma criança, foi das melhores coisas que me aconteceu na vida.

Assim HOJE pintarei um quadro com cheiro a caramelo, e tons de um amarelo forte, igual ao sol que brilha lá fora, no pátio onde eu fui astronauta e mosqueteiro do rei, onde tudo era possível, e o bem vencia sempre.

Por HOJE e nesta Época Natalícia viramos todos crianças, por isso…

O que interessa no final é que se capture como ninguém o que a festa tem de humano e verdadeiro. Quando isto acontece, não é o marketing que toma conta da festa – mas o inverso: com a ajuda de uma ideia feliz, voltamos a perceber o que significa um Feliz Natal.

BOA TARDE CRIANÇAS!

 

P.S. Convido a deixar um comentário aqui no blog, ou na pagina do facebook com um título para o post de amanha. Conto convosco.

NS

7 comentários

Comentar post