Todos os dias somos bombardeados com publicidade com conteúdos que não compreendemos e com conteúdos que o nosso cérebro está farto de ouvir e basicamente entra em modo "off".
Desta forma as empresas vêm-se obrigadas a criar conteúdos mais directos que consigam acoplar o maior número de pessoas possíveis, e este é o pesadelo de todos os Marketeers que conheço. Pois fazer algo de bom com muito é fácil mas fazer algo de extraordinário com nada, aí sim reside o verdadeiro desafio.
A qualidade do conteúdo hoje precisa ser alta para passar "pelo radar" do seu consumidor. Para isso, acredito como consumidor que o conteúdo precisa de ser Relevante, Impactante, Consistente e Original... Algo como a foto acima!
Quando andamos a "bater no ceguinho" com publicidades já usadas desde o século passado, quando insistimos em bombardear as pessoas com informação que não interessa, quando fazemos muito e o resultado é zero, acho que isto é indicador que algo deve ser mudado.
Aqui irei contrariar a matemática pois se percebermos como funciona o Less is More conseguimos sacar a seguinte fórmula matemática: 1 + 1 > 2
Mudemos a estratégia quando não nos acontece alguma coisa... Se for verdade que nada é perfeito, também é verdade que tudo pode ser melhorado.
P.S. Exmas Meninas de 13, 14, 15 anos, por favor não apliquem o "Less is More" literalmente nos primeiros raios de sol de primavera, pois sair à rua quase nuas é tudo menos sexy, por favor usem o "More is Less"...
Pois é a minha vida nestes últimos 3 meses levou-me a dar uns “saltos” aventureiros e a fazer com que me deslocasse a alguns Organismos Públicos (só de escrever isto já me começo a coçar).
Tive que me deslocar ao IEFP e chego lá cedo na hora da abertura, 9:30, e tenho 20 pessoas à minha frente (toma lá que é para aprenderes a sair da cama cedo, ou não…) saco o dito papelzito da maquineta, aliás o Segurança faz isso por mim, como se eu fosse um mentecapto que não sabe tirar uma senha B que diz, “Fundo de Desemprego”…
Olho para o meu número, vejo que aquilo vai demorar, saco o telemóvel e vejo que a bateria está nos 100% e digo toca a passar uns níveis no “Ab Pop” ( se puderem mandar umas vidas e uns “helps” agradecia) e lá começo a lançar bolinhas contra cores iguais. Olho para o relógio e são 10:00 e o número não muda, ainda continuam 20 pessoas à minha frente. 10:30 e as vidas do jogo terminam, pois só tenho 5 vidas e se as perder, ou pago, ou espero 30 minutos por cada vida (este efeito das apps supostamente grátis…) e o número não avança. Dirigi-me ao segurança e lá pergunto: “então que se passa” 1 hora e nada? E lá da plim… já só faltam 19.
E “numa Rajada” em 30 minutos chega ao meu número. E digo se soubesse tinha-me queixado mais cedo… Entro lá na salinha. A senhora faz umas perguntas, sobre os meus cursos ao qual respondo e lá a senhora me diz: “não temos em sistema”. Eu respondo: “coloque qualquer coisa” Não é que esteja que o IEFP me arranje emprego. Aliás estou á espera que o IEFP me convoque para uma formação na minha área dada por um formador que não é da minha área e não pesque nada do assunto (coisa difícil de acontecer…) “sim é sarcasmo”.
E lá me mentalizo e sou “mentalizado” pela M. que quer que só me dedique à tese de Doutoramento e que não quer que procure emprego, mas sim que tenho um ano para terminar. Mulheres com os seus ultimatos que normalmente têm sempre razão. E lá fico 2 meses a ir para a Biblioteca fazer a tese, ler mais do mesmo, artigos e mais artigos… E começo a trepar paredes “daí ter escrito o texto das razões para nunca escrever uma tese” e vou fazendo e enviando uns CVs para ver o que dava…
Depois de 3 entrevistas em empresas, ou melhor, depois de alguém pensar que era entrevistador, pois de entrevista não tinha nada… Lá surge uma oportunidade de fazer o que gosto, na minha área com um handicap, longe de casa, mas a muito custo e sempre do meu lado a M. lá diz para eu aceitar, pois via o desespero na minha cara de estar em casa.
E lá aceito e tenho que me dirigir à Segurança Social, para desactivar o Fundo de Desemprego. Chego as 9:00. Tenho 10 pessoas à frente e as senhas novamente começam a “ser despachadas” após as 10:00. Raio de fenómeno estranho. 10:30 sou atendido, peço para me cancelarem o Subsídio ao qual me respondem: “tem que cancelar a sua inscrição no IEFP” eu digo: “mas o que me interessa a mim é cancelar o Subsído, pois se o IEFP me convocar para algo e eu não for, automaticamente me retiram da situação de desempregado, certo?” A senhora sim, mas tem que lá ir, preencha estes formulários e vá lá. É só atravessar essa porta”. Eu para a senhora: “Mas o Vosso sistema não está interligado com o do IEFP? Se eu der baixa do meu Subsidio eles não terão acesso ao mesmo? Resposta da Senhora: “Sim, mas tem na mesma que lá ir”.
Porra não vou levar com 20 pessoas á minha frente. Vou para casa almoçar, saio de casa ás 13:00, chego ao IEFP e à Segurança Social às 13:05 e não vejo vivalma. Parece que tinha acontecido um ataque nuclear e somente as infraestruturas sobreviveram. Sou despachado em 2 minutos.
Aqui começa a “coçadeira”…
1 – Não existem desempregados à hora do almoço?
2 – Ao pequeno almoço não existem pessoas para atender os demais desempregados?
Ora bem 1 + 2 = As horas do pequeno almoço e almoço são sagradas, mesmo sendo em horário laboral para funcionários públicos…
Começo a trabalhar e tenho que me deslocar a uma Câmara de Comércio e Indústria de uma cidade. Chego aos escritórios e vejo 10 secretárias com pessoas na conversa, perdão a trabalharem… Dirigi-me à primeira senhora e pergunto quem é a pessoa responsável dos projetos de Internacionalização / Qualificação / Formação. Ao qual a senhora diz-me para eu lhe falar em português. Passo a pessoa seguinte com a mesma questão e nada. À terceira pessoa começo a perder a paciência… E digo não é por nada, mas este é um dos serviços que prestam, está no vosso site e há 3 meses deram os certificados de qualificação ás empresas, as senhoras continuam a olhar para mim como se não soubessem o que eu estava a falar.
Lá chamam o Doutor… Que me diz deixe o sou nome e contacto e se precisarmos entrarmos em contacto. Eu digo: “se eu precisar desta câmara para me ajudar a internacionalizar, decerto falirei antes de isso acontecer”… Afinal não entendo para que temos um serviço público onde não sabem o que estão a fazer, quero pensar que é por desconhecimento e não por outra coisa qualquer….
O que aprendi:
IEFP – Ir após as 10:30, se não precisarem de almoçar ir as 13:00 e serão imediatamente atendidos.
Segurança Social – Igual ao IEFP
IEFP + Segurança Social – Têm sistemas informáticos interligados que não servem para nada, pois temos que andar com papelada de um lado para o outro.
Segurança Social Direta – Só para verificar Status, pois acho que perdíamos menos tempo se pudesse fazer o que fiz presencialmente através de casa, pois o sistema está montado para isso, mas não funciona…
IEFP Direto – Exatamente o mesmo, temos um sistema informático, mas temos que nos dirigir ao centro presencialmente para tratar das coisas, como fazer um update do perfil e digitalizar os documentos fosse uma coisa do outro mundo…
Camaras de Comércio e afins – “ALGUMAS” Não ajudam as empresas em nada, e de nada sabem…
Cria-se, gasta-se, inova-se em sistemas informáticos para servir melhor o cidadão e fazer com que os serviços não bloqueiam, mas o que é certo é que estes sistemas não funcionam, pois leva-nos sempre que queremos algo a nos dirigirmos a um balcão para tratar das coisas.
Deixo duas palavras que dever-se-ia aprender que tanto se apregoa: