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Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Marketing - Desabafo de um PHD em Portugal!

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Legenda: Find the Wally, melhor encontrem o erro, pois até nisto se enganaram...

Depois do Post de ontem, claro que teria continuação para o de hoje, o fucking PHD. Mas eu também tenho a minha cota de culpa nisto, pois deveria ter aprendido no Mestrado alguma coisa, pelo menos os 8000€ a menos na conta, ah e os 250€ pela cartolina, mas não tinha que me colocar num PHD em Portugal com duração de 4 anos, com um custo de 3.500€ anuais, porra eu devo ser mesmo rico.
Mas começar pelo inicio, chego a primeira aula de apresentação e conheço os 15 colegas, 14 professores, eu vendedor e o meu colega engenheiro de uma empresa, ou seja, 2 tipos que vivem no mundo real e 14 que vivem no mundo dos livros, na academia… Todos os ingredientes para esta coisa correr “bem” …
Como podem ver na imagem passei a 7 cadeiras, faltam nesse diploma 2, que não o tenho comigo e ainda bem, foram duas cadeiras que chumbei, Marketing e Ética e inovação e Empreendedorismo. E porque chumbei? Porque não concordei com os profs. E o meu colega também não e acabou por desistir… Ou seja, o único gajo com os pés assentes no mercado real foi embora ficando eu com aquela gente toda lunática…
Ora bem Marketing e Ética somente disse a professora se ela fosse abrir uma empresa com tudo o que “apregoava” a empresa no dia seguinte estaria falida. Depois começou por dizer que não era ético um banco rejeitar clientes. Eu disse a função de um banco e de uma empresa é “maximizar o lucro” o papel social não cabe ao banco ou empresa privadas, mas ao Estado. Um mau cliente não é bem-vindo pois desperdiça tempo e recursos e dá prejuízo. Mote dado para o meu chumbo.
Ora bem, Inovação e Empreendedorismo, um Prof, todo arrogante do tipo eu sei, eu, posso eu mando. Uma vez nas apresentações uma das colegas fez uma péssima apresentação e um péssimo trabalho, mas nada justificava o que este anormal lhe disse: “ Eu sei tudo e nunca me engano, isto ta uma merda”, eu lá pensei se esta merda fosse comigo isto não terminaria bem…
Lá chegou a minha vez de apresentar o meu paper e coisa em que estou á vontade é em inovação e empreendedorismo, pois contava com um CV simpático nestas áreas em Portugal e fora dele. E lá o suprassumo começa com as suas perguntas parvas e eu lá respondia. Depois começa com o ar arrogante a lá dizer que faltavam dois pontos na bibliografia, que não tinha mencionado a referencia a um qualquer autor, pois não tinha colocado a frase entre “” e perco a cabeça e lá pergunto: você para dar esta cadeira deve inovar muito e empreender imenso, quantas empresas já trabalhou? O que é que inovou até hoje? É que olho o seu CV e só vejo docência, e artigos publicados, experiência em uma empresa é Zero, por isso antes de falar comigo, acho que deveria recuar um pouquinho pois tenho muita mais experiência nos meus doces 30 anos de idade no mundo real do que você nos seus 60. Moral, CHUMBO e acusado de Plágio!
Voltei o ano seguinte disse AMÉM, fiz as duas cadeiras só para manter a minha posição que não há filho da puta algum que me assusta com um qualquer título de merda que sabe menos que eu na minha área. Fiz a merda das duas cadeiras, passei ás duas com uma nota merdosa, e no fim mandei-os para o caralho e transferi o PHD para Espanha.
Universidade Rey Juan Carlos numa primeira fase em Madrid, mas ficava longe e a naba da minha orientadora não percebia um cú de inglês, sim a minha tese é em inglês porque não sei escrever em português. Aqui passei a pagar 1500€ por ano, menos 2000€ do que em Portugal.
Depois não gostei da experiência apesar de achar Madrid uma cidade fantástica mudei o mesmo para Santiago de Compostela, a 3h de carro de casa e as propinas 200€ por ano… Sem parte lectiva, somente 4 anos para fazer uma tese… O Ranking desta Universidade a nível académico e de reconhecimento é superior ás 3 universidades onde andava em Portugal.
Fica aqui a minha questão, ou os Espanhóis estão doidos da cabeça e errados… Ou o ensino em Portugal superior vai de mal para pior…
Para finalizar pois já vai longo, um amigo meu iraniano que estava comigo no PHD, que também desistiu uma vez me perguntou: “We are doing the PHD or is the PHD doing us?” Ao qual eu respondi, eu faço o PHD e não permito o inverso ao contrário dos demais 14.
Isto meus caros 3 leitores é o que me preocupa, estes 14 melros e os demais melros na mesma situação que eles, serão os futuros professores universitários da nossa pequenada, que serão nada mais nada menos do que professores “LIVRESCOS”!

P.S. ainda por cima não tenho Pai, mas sim sou filho de duas lésbicas com o mesmo nome...

Marketing - Mestrado os Problemas do meu Ensino!

Exma Doutora G. F.;

 
Venho por este meio demonstrar-lhe o meu desagrado quer ao primeiro ano de Mestrado (disciplinas, professores, etc) quer a nível de valor de matrícula para este 2º. ano.
 
Começemos pelo ano transacto:
 
O papagento integral do Mestrado 1º ano (propinas, inscrição, etc) ficou em três mil quatrocentos e alguns euros, no qual iríamos ter 5 cadeiras no Primeiro semestre e 4 no Segundo.
 
Relativamente ás 5 cadeiras do primeiro Semestre...., vou então cataloga-las:
 
Direito Negócios - A esta cadeira não consigo atribuir nenhum ponto positivo, talvez o curar de insónias, dado as três horas "de seca" que levava-mos ao ouvir o Professor a ler o Codigo Comercial, e as aulas basearam-se à leitura do dito Código Comercial. Em segundo lugar, não vejo nenhum relevo de importância para o mestrado, quer para o que foi aprendido por mim, não digo ZERO, mas está lá perto. Ah para a próxima não coloquem um mero advogado que nada percebe de negócios a dar a cadeira... Just Saying!
 
Simulador e Gestão de Marketing - O seu nome pomposo deixou-me de facto muito intrigado em relação a esta disciplina (o que no meu caso é bom). Mas o que é certo é que me dão para as mãos um estudo de mercado com cerca de 50 páginas e dizem, este é um simulador, tipo um jogo de Computador (eu até sou fanático por jogos) e joguem. Moral da história, o meu grupo de 5 pessoas rapidamente passou para três, e ficamos todos a olhar uns para os outros e a perguntarmo-nos " O que é isto? ". Ilações retiradas da disciplina, aspecto positivo, talvez atribuia-lhe o nome pomposo. Conselho a dar, pelo menos os Três Professores, é que convém frisar que são Três Professores podessem dar umas luzes do que fazer e como fazer, talvez dar um caso de anos transactos, mas enfim.... Nada! Para o próximo ano coloquem um quarto professor, EU!
 
Liderança e Negociação - esta disciplina já sabia à partida que para mim não iria ser estimulante, porque já havia tido na minha licenciatura. Acho que esta disciplina é interessante e o seu docente muito competente (não querendo com isto dizer que os antigos professores o fossem). Mas a disciplina teve um grande valor depreciativo, porque ou davam o nome de Liderança à disciplina ou de Negociação, porque quando se junta os dois nomes pressupõe-se que iremos abordar dois assuntos.... Nova moral da história, pressupomos que ao termos 20 aulas passamos 18 aulas a falar e a fazer trabalhos sobre liderança, e uma e somente uma de Liderança (parte que mais me interessava). Além de andarmos a falar sempre sobre Liderança, foi dito desde o início do ano que a avaliação se basearia em três trabalhos, dois foram feitos e para meu espanto a única aula que faltei foi dado a única discipina / aula de Liderança, mais um texto de 30 e tal páginas, que na aula seguinte iriamos ser avaliados por um exame que contaria 50% da Cadeira. Dado não ter ido à única aula e por muito azar a única que faltei, claro que não me encontrava preparado para ir a exame e passei logo para exame final. Tinha uma nota de 16 valores e passei de 16 para 13, esta parte fica a V/ consideração de pensar.... Karma its a bitch!
 
Marketing Relacional - Esta disciplina deveria ser a cereja no topo do bolo, dado a meu ver ser a única disciplina de marketing que iria ter num total de 5 cadeiras. Mas quanto a esta disciplina vou ser breve. De bom só mesmo o nome. Esta cadeira é o ex-libris, de como não fazer nada, não aprender nada e levar um secão de 4 horas ainda por cima em Espanhol o que acrescenta ainda mais cansaço, mas no final tira-se uma excelente nota. Moral da história, não aprendi nada (minto, aprendi um pouco de castelhano), e tirei uma boa nota. O que me lembra o meu post da Globalização e dos Filmes Porno em Espanhol...
 
Gestão de Projectos de Investimento - Esta disciplina não tenho muito a dizer, foi uma cadeira que eu tive na minha licenciatura, por coincidência a Professora tirou exactamente a mesma formação do que eu e no mesmo estabelecimento de ensino. Acho que das cinco cadeiras foi a professora que mais se empenhou e que melhor ensinou, por isso tanto disciplina como docente têm uma nota máxima na minha consideração. Para mim outra vez azar, pois já tinha tido isto isto...
 
Segundo Semestre
 
Depois de ver o que se passou no primeiro semestre, aparecenlogo o desagrado e a falta de motivação porque de facto pensa-se logo que isto não dá mais do que estava à espera, um curso intensivo, desafiador e com novos processos de aprendizagem, não se tratando o "estabelecimento de ensino" a primeira escola de marketing do país que tanto se orgulha. Ok, passamos a avaliar as disciplinas:
 
 Novas Tendências de Marketing - Sinceramente não me quero alongar muito sobre assuntos já falados e não gosto muito de me repetir. Aspecto positivo da cadeira, o NOME. De resto foram aulas chatas, onde não me trouxe nenhum valor acrescentado (tirando o facto de novamente estar a praticar o castelhano), e fico-me por aqui, não quero ser desagradável..... O Si Cariño....
 
Sistemas de Análise e apoio à Decisão - Depois de 6 cadeiras eis que chega o D. Sebastião das Brumas. Posso dizer que foi a única cadeira que gostei até então e das mais desafiantes. Que dizer acerca da disciplina, desafiante e muito trabalhosa, logo uma excelente disciplina de mestrado. GOSTEI!
 
Planificação e Direcção Estratégica - Para ser sincero até estranhei gostar de duas cadeiras no mesmo semestre já não estava habituado a tal. Cadeira desafiante, trabalhosa e com um excelente docente, nada a apontar.
 
Desenho de Projecto - Como se costuma dizer "quando a esmola é grande o pobre desconfia", duas cadeiras boas tinham que culminar com o que já era habitual, UMA MÁ. Não por culpa do docente porque o que esta cadeira teve de bom foi o seu docente, mas sim pelos seus conteúdos, não percebendo o que andei a fazer durante uma dezena e tal de aulas, dado esta cadeira poder ser dada em três ou quatro sessões.
 
No final do primeiro ano que se pode dizer? Que balanço fazer? Em 9 Disciplinas aproveitaram-se 3 (duas para mim porque já tinha tido GPI), mas não querendo ser mauzinho, fico-me pelas trés, ou seja, 33.33% do primeiro ano foi bom.
 
Agora eu na minha humilde pessoa a pensar que já vi de tudo (nunca pensam desta forma, porque isso nunca acontece); deparo-me ao ir inscrever-me no segundo ano dado que não tenho qualquer tipo de outra hipótese, (dado em primeiro lugar não me achar um desistente e por outro lado, não ter qualquer tipo de remédio senão ter que terminar o curso), com uma inscrição de 770€ (como parece mal chorar, uma pessoa parva com o preço que tem que pagar ri-se...)
Meus amigos estamos a falar em 770€ são 2/3 de salários mínimos nacionais, não gosto de ouvir expressões do tipo paga primeiro (não há outro remédio, "temos o rabo preso") e depois reclamas, ou algo a "Doutora G. está em inscrições e não pode atender o telefone, vá ver a página da net que está lá tudo explicado". A página da net já eu a tinha visto, só queria falar é que não gostei do que vi lá.
Depois vem a história que fazem 200€ de desconto, mas como me considero um aluno digamos razoável a matemática e sendo esta uma ciência universal, fazendo as contas é muito bonito pensar que nos fazem 200€ de desconto, quando aumentam 500€, É como me estarem a por 200€ no bolso direito e a retirar-me 300 que tenho do esquerdo (não querendo utilizar outro substantivo mais forte).
Depois é a história dos 12 para 10 meses, o que me fica é que eu pensava que as gasolineiras ao aumentar os combústiveis eram maus, mas esses ao menos era um cêntimo de cada vez...
 
Não entendo este aumento, temos num ano 3 cadeiras no primeiro semestre e nenhuma no segundo (Tese)...
 
Este relatório foi redigido por Narciso Augusto Marques dos Santos com o Nº 4543, o qual assumo tudo o que escrevi.
 
Com os melhores cumprimentos
Narciso Santos
 
P.S. Sim terminei o Mestrado, e a única coisa positiva que trouxe foi o "canudo" que só me custou 250€, por um papel A4 em cartolina com um selo... O ensino está completamente desapropriado com o "mundo real..." Calma, no próximo post já irei lamuriar sobre o Doutoramento...

Marketing - Ensino Superior

O Ensino Superior em Portugal anda pelas “ruas da amargura”, ou melhor o ensino em geral em Portugal não anda nada famoso, relembro que comecei a minha escola primária há 30 anos atrás e de facto era para algo ter mudado e melhorado, mas acho que isto do ensino, tem é vindo a piorar, basta ver os rankings da escola pública e os dados não são muito famosos… Mas adiante…

Não bastando o nível do ensino estar a piorar com constantes mudanças, pois cada vez que mudam o Ministério da Educação, mudam tudo no ensino, mais o facto de cada vez termos menos alunos pois chegam no final da escolaridade obrigatória, queimam os livros e tentam fazer-se à vida, mais o facto que a taxa de natalidade estar cada vez mais diminuta, o que também não abona muito para as escolas, pois implica menos alunos… Esta fórmula do ensino nos dias que correm é “sempre a diminuir”; menos alunos, menos qualidade do mesmo, programas que “não lembram ao diabo” enfim, uma panóplia de ingredientes que nos faz crer que isto não irá acabar bem. Também lá diz o ditado, “Pau que nasce torto”….

Basicamente com o acima exposto quero dizer que as Universidades com menos alunos, recebem menos dinheiro, e tentam por portas e travessas atrair alunos. Basicamente não há dinheiro, basicamente o que ensinam não está adequado ao que o mercado procura, logo a questão que se levanta para quê tirar um curso, que em nada nos prepara para o Mercado / Selva do trabalho?

A culpa deve ser minha, pois vejo se calhar o “dark side” em tudo mas basicamente olhando para os canudos não vejo o que aproveitei das inúmeras cadeiras que tive… Ei mas sou Eu…

Passava o ano 2000, quando entro na Universidade do Minho, não que eu quisesse ir para a faculdade, mas as opções que tinha, basicamente me empurrava para a faculdade:

1º opção - Ir para Pescador (sem menosprezar, pois a minha família é toda de pescadores)

2ª opção - Ir para repositor de uma qualquer superfície comercial, mas os amigos estavam todos na Universidade (pois chumbei no 10º ano, e eles entraram 1 ano antes de mim)

3º opção - Ficar sem namorada, pois ela estava com os meus amigos na faculdade.

Tudo me empurrava para ir para a faculdade e lá fui eu ao Porto fazer a candidatura, sem os meus pais saberem. Chego à parte de cursos para me candidatar e quais faculdades, tinha que escolher 6. Claro está, 6 qualquer cursos, desde que sejam em Braga onde estão os Amigos e a Namorada.

Lá entro na primeira escolha, coincidências à parte, no mesmo curso da Namorada, eu Caloiro ela no segundo ano. Ainda me recordo da primeira aula que assisti; Epistemologia e Metodologia das Ciências Sociais, penso logo com um nome destes, isto deve ser uma cadeira fantástica. Entro no anfiteatro e sento-me numa cadeira com uma sala cheia de colegas, o professor chega e começa a fazer ditado. Sim ditado, imaginem 3 horas sentado numa cadeira a fazer ditados, penso porra regressei para a primária para fazer ditados, mas estes são longos… Os colegas com 3 canetas em cima da mesa, não vai alguma falhar, ter uma de recurso não é má ideia… Saio da aula, com uma dor no braço impressionante e pergunto a namorada se aquilo era algum tipo de praxe? Aula fantasma? Ela prontamente me diz NÂO: “Vai ser assim o semestre todo…” Shit.

As cadeiras mais interessantes para mim eram todas as que envolviam matemática, tudo que era teórico eu perguntava, para quê que isto serve?

Penso logo, aulas teóricas não coloco os pés, cravo um caderno a um geek que não perde uma aula para fotocopiar e estudo isto em casa e vou somente ás aulas práticas. Termina o primeiro ano e la me safo com 10 ou 11 as cadeiras todas.

Segundo ano e a treta continua, e penso seriamente em suicido pois eram 4 anos inteiros daquela treta, mas valha-nos o Enterro da Gata, as noitadas com os Amigos, a Copofonia, basicamente a parte do Marketing Relacional.

Em 2004 termino o curso e penso que devo ter aproveitado das cadeiras todas uns 30% os restantes 70% LIXO.

Chego ao meu primeiro emprego e de facto, o que pensava traduz-se em realidade, o que aprendi na faculdade não se aplicava ao mundo laboral, mas o Ser Humano adapta-se e aprende, eu não devo ser humano, pois sou lírico e utópico pois em 2008 penso em tirar um Mestrado em Gestão de Marketing.

Sou mais maduro, sou mais velho, sei o que quero para o futuro, estou no Instituto mais prestigiado de Marketing de Portugal e isto vai ser deveras prometedor e vai ajudar-me a fortalecer a minha carreira académica e pos ajudante a minha carreira profissional, mas… Uma vez mais ERRADO!

O raio do mestrado era mais do mesmo, aliás metade das cadeiras tive-as na licenciatura, se na licenciatura ainda aproveitei 30%, no mestrado deve ter rondado os 15% (pois aqui não havia vida boémia) o que tornava o processo de mestrado mais doloroso.

Por fim penso, perdido por 100 perdido por 1000, deixa lá tirar um Doutoramento, lá me escrevo em Marketing e Estratégia na Universidade do Minho, Aveiro e Beira Interior e basicamente foi terrível, pois aqui não poderia faltar ás aulas e tive que gramar com aquilo tudo. Eu perguntava se os professores acreditavam no que estavam a dizer, perguntava em que mundo eles vivem, cheguei a perguntar á minha professora de Marketing e Ética se ela conseguiria abrir uma empresa se colocasse em prática toda a ética que me estava a debitar? Levei com um “Mau Olhado” e com uma negativa. Não tendo aprendido com esta professora, pergunto ao meu professor de Inovação e Empreendedorismo se ele foi Empreendedor alguma vez na vida, novamente recebo o “Eu é que sei” e um chumbo novamente.

Penso para comigo é melhor ficar caladinho como os demais senão os 3.500€ por ano, durante 5 anos, irão se transformar em 3.500€ por ano em 10 anos. Sim as propinas eram este valor…

Mas ao ver o panorama do curso, penso, deixa-me colocar a andar daqui para fora, e lá me inscrevi este ano para terminar a tese em Espanha, e por incrível que pareça as propinas passam de 3.500€ para 200€ / ano.

No doutoramento acho que irei aproveitar 5% do mesmo, que equivale ao diploma, nada mais que isso.

Conforme disse o problema devo ser eu…

Neste contexto, o futuro do Ensino Superior em Portugal dependerá enormemente da capacidade das instituições para assumirem estratégias competitivas, detectarem novos segmentos de mercado, procurarem alternativas de financiamento, encontrarem novas formas de relacionamento com o tecido sócio económico, reverem os cursos existentes e/ou criarem novos cursos e promoverem eficazmente os seus serviços, educacionais e outros. Resumidamente, poder-se-á afirmar que as instituições de Ensino Superior necessitam desenvolver soluções organizacionais que lhes possibilitem enfrentar, com sucesso, os desafios com que se confrontam.

Se as instituições não mudarem certos programas curriculares, não adequarem os cursos á realidade económica do Mundo, não criarem novos cursos, por exemplo virados para a Era Digital, se não reformularem o seu corpo docente e voltarem a ter professores em vez de teóricos publicadores de artigos em revistas, não existirá estratégia de Marketing nenhuma que trará os alunos de volta para as universidades, pois além do canudo o valor acrescentado é quase Nulo.

Termino com uma troca de email entre mim e um ex professor:

“Felicidades para a fase final do doutoramento !   Tens razão, muitos dos teóricos doutorados não têm noção das realidades, estão, na verdade, desactualizados no conhecimento porque têm uma cultura livresca em fontes já ultrapassadas, etc. E, em especial em domínios como a gestão, em que é impossível ensinar realmente se nunca se praticou, com frequência não estão sequer preparados para ensinar. Mas não têm consciência disso. Mas, mesmo que, em substância, não represente tanto como poderia, acabares o doutoramento pode vir a ser uma vantagem. Mesmo que o que sabes e venhas a saber não tenha sido aprendido com o doutoramento.”

NS