Caso não sabem, estou a fazer a minha tese de Doutoramento que tem como base a Política e as Redes Sociais. Até aqui tudo bem, ai e tal até é um tema interessante, nos dias que correm mais que actual, com o Trump (a) no twitter ainda ganha mais força...
MAS sim tudo tem um MAS… com o handicap de... Por um lado eu não entender puto de Política, por outro a minha Orientadora não entender puto de Redes Sociais, eis que está dado o pontapé de saída para a coisa correr bem...
É sabido, ou não, ou sei lá... Provavelmente vou escrever disparate, mas nada que não estejam habituados…, ora bem... As pessoas que vão às urnas (são poucas, daí eu defender o voto ser obrigatório como se passa em outros países) e ao fazer a cruzinha têm em consideração um dos factores abaixo:
1 - Partido Político
2 - “A Cara” do Partido Político
3 - Status
4 - Propostas dos candidatos
O maior bolo destes 4 factores decerto vão para os dois primeiros pontos, sendo que 90% das pessoas votam ou pela “Cara” ou porque são daquele partido “desde pequeninos”... eu enquadro- me na posição 4, ou seja, voto por aquilo que o partido fez, faz e ou irá fazer. Isto é o que me trás aqui hoje. O que vão fazer na Minha Terra? Boa Pergunta, para a qual ainda não descobri grandes respostas... Mas vamos por partes.
Não esperem que aqui irei Desdenhar por Desdenhar... Maldizer por Maldizer... Falar mal, porque sim... Estão errados, pois gosto de escrever sobre factos e apontar lacunas pois é a única forma de crescermos e fazer crescer a Nossa Terra. Escrevo isto pois leva-me ao meu primeiro ponto.
1 - A Câmara INVESTIU 350 Mil Euros nas festas de São João. Ao ler isto apareceram logo as pessoas do desdém... que começam a escrever absurdos (a meu ver), pois se por um lado não se INVESTE é porque NÃO, se SIM é porque SIM... Depois de ler tamanha trampa (não o dos USA) fiz uma simples pergunta, qual o ROI deste investimento para tanto mal dizer? Coisa que não obtive resposta... Mas “bora” lá fazer um cenário. Sim os economistas muito gostam de fazer cenários, normalmente não à Passos Coelho (pois com ele os cenários são: o catastrófico; o péssimo e o ruim e actualmente o “suicida”) digamos que a minha base economista é mais neutra / positivista... Bem se trazemos cá a Vila do Conde “Carminho, Rui Veloso, Agir, Diogo Piçarra, Azeitonas, Emanuel, entre outros” acredito que iremos assistir a uma romaria das cidades limítrofes a Vila do Conde que irão consumir umas águas, umas cervejas, uns jantares, carrosséis, etc... Se em cada grupo que irá actuar, vierem a Vila do Conde 10.000 pessoas, sendo que cada uma destas gaste em média 5€ (acredito que seja mais, pois eu bem sei quanto gasto nas trés semanas antes do São João) isto dá uma média de 50.000€ por grupo, se multiplicarmos por 6 grupos dá 300.000€, se adicionarmos mais uns 50.000€ aos “entre outros” temos o investimento pago (e não falo do valor de aluguer que pagam os tipos dos carrosseis).
2 - Se me perguntarem se devemos INVESTIR nas luzes e nas festas de NATAL como tem sido feito, e não como no passado em que tivemos a cidade às escuras, CLARO que assino por baixo e direi que SIM. Até me doía ver o Mosteiro / Convento às escuras (provavelmente era para esconder o estado de degradação do mesmo... tinha que mandar esta alfinetada, mas adiante)...
3 - Acho que deveria-se recuperar o Carnaval que tantas alegrias me deram quando era pequeno e adolescente e de um momento para o outro nos foi retirado, lembro-me de Vila do Conde completamente cheia, todas as ruas com alegria e cheias de vivacidade...
4 - Ainda estou para ver alguém criticar a festa dos tapetes de flores (mas se não vi até agora não irei ver mais… acho eu), ou porque se “matou flores” ou porque o dinheiro das flores deveria ir para isto e ou para aquilo (Lembro que recebemos o Presidente da República) logo tivemos o foco dos média em Vila do Conde...
Com isto quero dizer o quê nos últimos 4 pontos, é que para além do ROI ser positivo não consigo quantificar a outra parte mais qualitativa do mesmo, a imagem que passa lá para fora a nossa Cidade, a Marca Vila do Conde, o denominado City Marketing (acredito que isto nem exista na nossa cidade, uma ideia para os candidatos terem em mente para desenvolvimento...) há também a que ter em conta.
5 - Muito se fala em um Museu do Mar, neste ou naquele local... Eu perguntei uma vez mais, quem pagará a manutenção do mesmo, ou seja, a quem se destina o museu do mar, quem são os clientes “pagantes de bilhete”? Uma vez mais estou a ver a economicidade das coisas, mas Ei, digam-me se conseguem viver de ar e vento e dêem-me a fórmula que eu assino por baixo. Além do custo do terreno, do custo da construção, temos o custo das pessoas, o custo de manutenção e os custos fixos de qualquer estrutura (água, luz, electricidade, etc...) E dizem-me ai e tal e coisa estás a ver somente a parte dos números e não a componente sócio-cultural, o qual respondo desde já e remeto para o ponto 1. Afinal não andam todos preocupados com os gastos da Câmara?
6 - Procuro uma agenda política de um qualquer partido / independente à Câmara de Vila do Conde e vejo-me numa “caça aos gambuzinos” pois de facto não existe, ou melhor, o que existe a meu ver ainda é muito pouco, para 4 anos de governação!. As eleições estão ao virar da esquina, daqui até lá, temos as férias de verão... Não era suposto antes de elaborar qualquer candidatura ter um plano já de acções a serem feitas a médio e longo prazo ( 4 anos) ???
7 - Vejo preocupações com uma obra em frente à marina, que engloba supostamente um campo de futebol e uns pavilhões para os pescadores, um custo de cerca de 8 milhões de euros sendo que 80% são a fundo perdido e os restantes 20% (1.6milhões de euros) a serem financiados pelos armadores... Hummm!!! Lá estou eu, já sei a pensar em números... Ora se por um lado a maior parte dos armadores têm os seus próprios armazéns, sem pagar qualquer tipo de renda, será que eles estarão dispostos a desembolsar um qualquer tipo de verba? Ora bem 1.6 milhões a dividir por 200 embarcações = 8000€??? Não me acredito muito... Aliás existem barcos que não ganham isto num ano, por isso como vão pagar?
Em vez de discutir uma outra obra megalómana não deveríamos estar a discutir o futuro das pescas? Ou melhor a extinção das mesmas, dado o rumo que as coisas estão a tomar? Vieram os Ucranianos para as pescas e foi o desastre que foi. Agora querem trazer “Indonésios”, além da logística disto (não) acontecer estamos a falar em trazer alguém de fora, logo terão que ser dadas as condições de acolhimento, contrato de trabalho, direitos, etc... Como sabemos um pescador trabalha, muitas das vezes 20 horas seguidas sem descanso, muitas vezes dormem 2 a 4 horas por dia, durante 5 dias seguidos de faina, será que os “indonésios” aceitarão trabalhar nestas condições?
Este é um problema IMEDIATO que tem que ser resolvido, pois existem muitos barcos encostados ao cais por falta de “campanha” muitas vezes o meu Pai fica em terra pois não tem camaradas para ir para o Mar... Aqui encontramos a resposta para aqueles que querem um museu do mar, terão um no cais da Póvoa “Vivo” se isto continuar assim, pois os barcos ficarão encostados ao cais mesmo.
8 - Um Gimnodesportivo nas Caxinas, outra obra baratinha... A sério? Para que precisamos disto? Para quem? Não existem outras prioridades mais imediatas e mais necessárias em vez disto? Não era mais fácil renovar o que temos, pois acho que precisa de umas renovações. Caso não tenham percebido as prioridades aconselho a ver pontos anteriores e os posteriores...
9 - Ora bem... Vila do Conde tem trés Grandes Vantagens Competitivas, O Rio, o Mar e as “Suas Gentes”! Não está na altura de fazer um plano de marketing de turismo náutico? Temos o “Nelo” que tem imensas actividades náuticas no Rio Ave, além do investimento brutal que está a fazer em novas instalações. Temos uma costa marítima enorme que poderia ser potencializada. Temos escolas de Surf, Padle, Bodyboard, etc...Porque também não estender a este plano, um marketing religioso (lembro-me das lindas igrejas que temos) bem como um marketing turístico (ver citânia de Bagunte; Castro de S. Paio; Arcos; Mosteiro de Santa Clara e afins).
Temos isto tudo, FALTA-NOS CLIENTES! Temos o Porto aqui ao lado, um dos principais destino europeus no momento, temos vias de acesso ao Porto privilegiadas (metro e auto estrada), o que nos falta? Simples, fazer com que as pessoas sabem onde fica o “ponto” de Vila do Conde no mapa.
10 - Existe quem pague uma pipa de massa para vindimar, existe quem pague uma pipa de massa para pescar. Já pensaram em pegar nos barcos de pesca e proporcionar a visitantes um dia de pesca, num barco de pesca com pessoas da Pesca, sim falo dos NOSSOS Pescadores? Provavelmente poderemos aqui encontrar uma nova área de negócios para os pescadores quando não têm homens para ir ao mar e ou para as épocas de defeso. Aqui pode-se minimizar um pouco os problemas dos mesmos...
11 - Uma cidade também “se faz” através da criação de valor e de riqueza, uma outra grande vantagem que temos, é a mão de obra qualificada e uma excelente posição geo-estratégica, mas só isto não chega, pois é necessário atrair investimento estrangeiro para cá. Como é necessário “exportar o nosso investimento”... Exportar o quê? Fácil empresas com capacidade de internacionalização. Ocorre-me 2 exemplos flagrantes, Ach Brito e a Imperial. Dois exemplos de fábricas com um enorme poder de exportação, mas que não conseguem potencializar o mesmo... isto leva-me a perguntar porque é que temos uma Associação Empresarial? Quando eu próprio me dirijo a mesma e pergunto por internacionalização; por Portugal 2020; FSE, etc... E não existe uma única alma que me consegue dar uma resposta, ou seja, têm no site uma serie de serviços que não sabem, ou não querem, ou dá muito trabalho fazer...
12 – Temos uma “Universidade”, que todos os anos “debita” estudantes e conhecimento para o mercado, e o que fazemos com estes? Fácil, exportamos. Não seria de todo útil pegar nestas pessoas e fixá-las a Vila do Conde? Fazer com que este conhecimento seja empregue na NOSSA Terra? Para todos que querem um museu do Mar, um Gimnodesportivo, aqui têm uma solução, criem juntamente junto destes, uma Incubadora de Empresas que tanto sucesso tem em outras cidades pois assim temos alguns dos problemas de custos acima descritos resolvidos.
13 - Muito me poderia alongar aqui, com o Outlet "Nassica" (caso de sucesso); Curtas Metragens, Feira de Artesanado, Feira Agricola, Feira da Gastronomia, an so on...
Este testamento para dizer o quê? Basicamente que não me irei safar na minha tese de doutoramento e com estas propostas lá irei às urnas votar em branco. Mas ao menos irei às urnas e não irei escarnas quem ganhar as eleições como muitos fazem, mas que quando são chamados à responsabilidade de votar, ficam no sofá e isto sim é o que me revolta, pois estes que não agem, não votam (mesmo em branco) são os primeiros a vir escarnar para as redes sociais.
No diálogo na troca de ideias é que se cresce, e acredito que todos sairíamos a ganhar se ideias fossem ouvidas, debatidas por TODOS e não só porque ganhei, Posso, Quero e Mando!
Vila do Conde é uma cidade portuguesa do Distrito do Porto, da Área Metropolitana do Porto e da Região Norte, com cerca de 30 000 habitantes no seu perímetro urbano.
Estamos em ano de eleições autárquicas e começam os “joguinhos” nos bastidores de todos os municípios por este Portugal fora. Assistimos às ideias de quem se candidata; às ideias de quem diz que não se candidata mas se for necessário candidatar-se-á (não por ele mas pela Cidade)… aqueles “pára-quedistas” que somente aparecem aqui em Vila do Conde a 1 mês das eleições e dizem que vão fazer 30 por 1 linha, sem conhecer a realidade desta cidade…Aqueles que criticam, apontam o dedo, “maldizem por maldizer” (tipo as pessoas que vão ao futebol e criticam todas as decisões do árbitro, sendo acertadas ou erradas, filho deste ou filho daquele…) que no final nem ás urnas vão. Basicamente é tempo de vermos tudo e mais alguma coisas, (des) promessas e “Obras Feitas”.
Começo a fazer uma rápida pesquisa pela essa coisa chamada “…net” pelos partidos que irão lutar pela câmara de Vila do Conde, mesmo já se sabendo qual o desfecho da mesma, e vejo um denominador Comum, que é “Fazer Obras”! Aliás percebo que este denominador comum é intrínseco a todos os partidos de todas as câmaras…
Olhando eu para a Minha Cidade, Vila do Conde, pergunto-me ora bem 90% dos programas dos partidos para a minha cidade é “Fazer Obra”… Mas quais obras? Estradas? Fazer relvados? Festas? Desviar um prédio 5 metros mais para norte? Etc… Não estou a dizer que “fazer obra”não seja importante, mas não deve de todo ser o “ex-libris” de toda uma propaganda política… E todo o seu mandato ser baseado em “obras feitas”… Isto de facto causa-em urticária, com tanto e muito mais que poderia-se fazer…
Eu sou um pouquinho mais apologista de além disto das “obras feitas” também se apostar em outros conceitos, como Educação, Saúde, Emprego…
Olho para a minha Cidade e temos grandes vantagens competitivas; ser uma cidade com uma enorme zona costeira; ser uma cidade que se encontra a 30Km do Porto; Porto foi considerado o melhor destino turístico da Europa, temos um Metro e excelentes redes rodoviárias que nos ligam ao Porto e a outras cidades, como Viana do Castelo, Braga, Guimarães, Barcelos, etc… Temos / Tínhamos uma excelente zona industrial, depende do conceito e do sentido de aventura de cada uma “China Town” ou “Zona Industrial de Mindelo”; temos Monumentos, excepto os que estão encerrados, bons restaurantes, e acima de tudo um POVO ÚNICO; pois somos simpáticos, acolhedores e genuínos.
Neste texto somente farei menção ao emprego e criação do mesmo, as restantes temáticas ficam para outros textos…
Como sempre disse, aliás alonguei-me em demasia pelo facebook a dizer que a Tesla nunca viria para Vila do Conde, o que infelizmente veio a comprovar-se a semana passada, como não virá para Vila do Conde nem tão pouco para Portugal, irá sim, abrir uma concessionária para vender as suas viaturas…. Em Lisboa! A Próxima será provavelmente no Porto! O que me remete para um dos pontos que todos os partidos falam e nada fazem e que muito necessitamos, EMPREGO!
Conforme mencionei anteriormente temos uma excelente zona industrial e empresas fantásticas, ver caso da Imperial, (chocolates minhas queridas leitoras); Ach Brito, dos melhores sabonetes do mundo, Probos, Hb Fuller, Nanium (ou não sei qual nome terá agora pois foi novamente vendida), entre outras…
Que quero dizer com isto? Que em vez de nos focar-mos em empresas “utópicas” devemos centrar em atrair PMEs para a nossa cidade, e apoiar as empresas que já cá temos a Qualificarem-se; a Certificarem-se a Internacionalizarem-se… pois nem temos fundos para isso nem nada; FSE; FEDER; Norte 2020, etc… Sempre são 45% de apoios a fundo perdido. Ao atrairmos PMEs conseguimos ser competitivos em relação ás demais cidades, pois estamos bem localizados, temos o Porto de Leixões aqui “á mão”… Desta forma é criar uma relação estreita entre: Empresas / Município / Associação Comercial Vila do Conde e com isto serem as 3 entidades pró-activas nos seus projectos. Se não atrairmos investimento ao menos podemos melhorar o tecido empresarial que temos, acreditem que as empresas querem é melhorar e acima de tudo VENDER mais…
Temos muitas empresas em Vila do Conde com enorme potencial de Exportação, mas que não o fazem, por não conhecer os mercados, por não ter um departamento de internacionalização pois torna os seus custos fixos elevados, ou por medo… Daí a opção pela Associação Comercial de Vila do Conde, mais o Município de forma a ajudar estas empresas a enquadrar a sua internacionalização em fundos de apoio, de forma tornar a sua internacionalização mais efectiva e sem comportar enormes custos. Com conhecimento em 38 países temos ajudado outras cidades e associações e empresas em missões externas em busca de clientes e os resultados têm sido extremamente positivos.
Mas temos um Handicap em Mindelo. Pois temos uma Zona Industrial “carregada de chineses”, temos a maior comunidade chinesa de Portugal, onde ir a esta, tornou-se uma aventura, pois de facto mete medo lá colocar os pés… Por outro lado, porque não investir em dinamizar a mesma, e tornar um ponto turístico com o slogan “Vá a China cá dentro…” Só para dizer que algo tem que ser feito pois corremos o risco de qualquer dia as poucas empresas que ainda lá estão, fugirem de lá e deslocarem-se para outros lados…
Aproveitando ainda a temática de geração de emprego, porque não dinamizar-mos o nosso turismo? O Hotel Santana, O Hotel Vila C e o Hotel Brazão decerto agradeceriam… bem como os demais Bed and Breakfast que têm vindo a abrir nestes últimos anos… Também os Restaurantes decerto vos aplaudiriam… Bem como os desempregados que seriam contratados também…
Já agora também aproveitariam esta deixa do turismo para ir de encontro ao vosso programa das “obras feitas” pois ao dinamizar o turismo, iríamos decerto precisar de mais hotéis, agradece o Mosteiro em se tornar uma pousada, pois espera à décadas que peguem nele e o transformem em algo, pousada, remodelação e servir de centro turístico (o que ele “mosteiro” e nós Vila Condenses não queremos é que entre em colapso), ou o velhinho Palácio Hotel que deveria ser convertido em lar de idosos desde 2012 e até agora…., sim aquele que está na esquina do centro de juventude, ou a casa antiga uns metros mais á frente deste “Palácio Hotel” onde antes era uma creche, está à espera que se faça algo, finanças, hotel, What Ever… parado e abandonado como muitas coisas em Vila do Conde é que não servem a ninguém…
Temos outra vantagem que mais ninguém tem, chamada Caxinas, e pescadores… Sim a maior comunidade piscatória de Portugal. Que na sua maioria ou está emigrada a pescar em outros países ou estão em casa pois os barcos ou excederam a sua cota de pesca, ou entram em época de defeso. Porque não dinamizarem este sector e o agregam ao turismo? Porque não fazem turismo aproveitando a nossa costa, o nosso mar, e os nossos barcos, providenciando aos turistas uma oportunidade única de virarem pescadores por um dia, e irem á pesca num barco que está ali parado / encostado ao cais? Pegam-se nestes turistas, eles têm uma experiência com os NOSSOS pescadores e o que pescarem, fazem umas parcerias com os restaurantes e confeccionam o que eles pescarem, aproveitam e “dão uma volta” pela nossa costa… Os pescadores agradecem pois recebem por virarem “guias turísticos” na sua profissão…
Temos um passeio da praia muito mal aproveitado e em minha opinião mal executado, pois não é nada mais nada menos que alcatrão, muitas vezes confundindo onde termina a estrada e começa o passeio… Poderíamos olhar para os nossos vizinhos e ver o que eles fazem de bem, como o passeio da praia, e não o seu ordenamento de território, pois aí temos uma grande vantagem comparativa. O nosso passeio da praia só atrai pessoas no verão, pois andar nele no inverno, é uma aventura, pois a luz é exígua, e os “bares” das barracas, que somente são colocados e abertos durante 3 meses são de facto muito “feínhos”. Isto a Póvoa de Varzim faz muito bem, pois tem Bares bem conseguidos, bonitos e abertos o ano inteiro, fazendo com que o seu passeio seja muito apreciado e frequentado por visitantes.
Continuando na senda do turismo, temos o monte de Bagunte com uma Citânia, que quase ninguém sabe que ela existe? Pois eu fiquei a saber pois estive a fazer os buracos e as estacas por aquele monte acima… Como O Castro de São Paio, sim aquelas escavações também andei por lá tipo Indiana Jones e por outros colegas que também queriam ser arqueólogos…
Ei mas eu sou lírico, doido, louco… mas os loucos foram os que ousaram… foram os que inovaram… foram e são os que a história se lembra e lembrará…
As festas da cidade foram muito bem dinamizadas e atraem pessoas, “as luzes voltaram-se a ligar” após muito tempo desligadas, mas nem só de festas e de obras, vive o povo…
É necessário “outros” voos, outras ideias, “outras obras feitas”…
Sei que para mim é fácil falar pois não “estou por dentro” do que se passa, sei que o dinheiro é escasso e sei que temos que apertar o cinto e não é possível fazer mais, com pouco, mas sei que para mim os melhores marketeers foram aqueles que com pouco fizeram muito.
Ei mas o que é que eu sei… pois… “só sei que nada sei” …
Sempre fui um Geek, não é é do que estão a pensar, daqueles que se sentavam na primeira fila na escola (sim ás vezes sentava-me pois o professor(a) me obrigava) e tiravam montes de apontamentos tipo a A.G..
Eu era um Geek mas daqueles viciados em video jogos, acho que a melhor prenda que recebi e que maior carinho nutri desde que nasci foi o meu ZX Spectrum 128K, para quem não sabe, era uma “consola de jogos” em que os jogos vinham em K7, o jogo para ser instalado demorava uns 45 minutos, e fazia um som deveras irritante, hiiiiiiiiiiiiiii….
Mas depois os tempos evoluíram e apareceram as consolas, como o Megadrive (bons tempos a jogar Sonic) a Nintendo (bons tempos a jogar Super Mário) o Master System (bons tempos a jogar Alex Kid) e agora as PSs, Wii, (tenho ambas estas consolas), Xbox, etc… se começou a ler apartir deste parágrafo, regresse ao primeiro parágrafo onde me apelido de Geek.
Os jogos de hoje são excelentes a nível de história, sem falar a nível gráfico que parecem autênticos filmes reais…
Mas eis que chega um jogo de nome Minecraft que rompe com todos os paradigmas de jogo, pois não além de não ter história tem piores gráficos que o meu antiguinho ZX Spectrum, nos quais os meus filhos estão completamente viciados, no início pensei que os tinha educado mal na temática de video jogos, mas apercebi-me que esta febre do Minecraft afinal chegou aos quatro cantos do mundo (o mundo é redondo, ainda não percebi bem esta analogia de cantos…)
O jogo conta com mais de 100 milhões de cópias vendidas, estão tal como o Star Wars, e a Lego a entrar em mercados de roupa, filmes, brinquedos, etc… Uma coisa tão tosca, tal mal amanhada tornou-se em uma indústria de milhões.
Como posso definir o jogo dado que olho para ele quando o G. ou o L. estão a jogar e só vejo tudo aos quadrados, pois os bonecos, as árvores, os animais e tudo “quadradão” num estilo tosco, em que se nota todos os pixels (estilo pacman) em que o objectivo é sobreviver, sim isso mesmo sobreviver, a quadrados…
Nós quando brincávamos com bonecos / bonecas inventávamos histórias para os personagens, outro exemplo já falado é os Legos em que colocamos os tijolos uns sobre os outros, para criar algo, remeter a nossa imaginação de criar algo com tijolos, pois este jogo é a mesma coisa, P-O-S-S-I-B-I-L-I-D-A-D-E-S, pois os blocos do jogo servem para literalmente criar o que as pessoas bem entenderem, mas em formato digital, onde as possibilidades são infinitas, e só custa a módica quantia de 20€, isto multiplicado por 100 milhões dá para comprar alguns pares de rebuçados, e falo somente do jogo, se juntarmos o merchandising, a roupa, os livros, os brinquedos, dá um valor considerável.
E porque isso é tão incompreensível? Simples: somos adultos. Pedindo desculpas pelo ar romântico da próxima frase, quando crescemos, perdemos boa parte da magia da criatividade. Prendemos a nossa “caixola" numa jaula e não nos permitimos a devaneios. Queremos, seja por falta de tempo, seja por falta de vontade, as coisas praticamente encaminhadas. Não queremos imaginar a história: queremos ela ali, pronta. Não queremos, talvez por falta de paciência, construir um personagem e o que vem por acréscimo a este: Queremos aquilo pronto.
Confesso que, como um jogador ávido de RPG (Role-Playing Game) não deste tipo de jogo, pois eu preciso de bons gráficos de uma boa história, compreendo a abertura que Minecraft dá. Poder de se projetar, tanto personagem e cenário, e criar a nossa própria história...
Eu vejo os pequeno a falar entre eles a própria linguagem que o jogo trás, ou não, acho que eles além de inventarem um novo conceito de jogo, fazem com que os meus pequenos inventem para o mesmo a sua própria lingua inventado nomes estranhos para tudo e todos.
Para se ter uma ideia, do tamanho da nação de fãs do jogo, se juntássemos todas as pessoas que compraram o jogo, conseguiríamos formar um país com uma população que deixaria para trás países como Rússia, Japão e México, podendo ser o 12º país mais populoso do mundo.
Enquanto a maioria dos estúdios estão a gastar fortunas para tentar fazer o efeito de água mais realista possível, as experiências de cinema tentam conseguir atingir os nossos 5 sentidos (com filmes em 3D, filmes com movimento de cadeiras, tentando criar um todo cenário o mais realístico possível, etc…, jogos como Minecraft existem para mostrar que o que vale milhões mesmo são as ideias, a inovação e diversão que elas podem proporcionar.
As vendas estrondosas antes mesmo do lançamento estão aí para provar isso porque tem pessoas que passam dias e dias construindo réplicas da Enterprise ou de Vila do Conde com bloquinhos toscos e pixelados.
Vou ali pegar no meu ZX Spectrum e jogar no meu Chucky Egg pois bateu saudades, até de ouvir o barulho estridente do CHIIIIIIIIIII!