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Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Mishmash Marketing

Basicamente é "uma mixórdia de temáticas" de Marketing!

Marketing - Luxo

Amanhã é o dia propício para haver luxos, e loucuras, basta verificar os preços de uma passagem de ano num qualquer hotel, mesmo não sendo 5 ***** é estupidamente caro. Também época de passear vestidinhos com montes de lantejoulas que só se usa nesta época do ano. Quando passeio na rua ás 24h, só digo, “Eita luxúria”…

Luxo, segundo definição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é maneira de viver caracterizada pela ostentação, por despesas excessivas, pela procura de comodidades caras e supérfluas, pelo gosto do fausto e desejo de ostentação.

Basicamente é ter dinheiro, ou não (pois conheço muita gente que ostenta aquilo que não tem) e gastá-lo da forma mais absurda possível.

Mas este mercado é muito apetecível pois basicamente nunca está em crise, pois quem é rico ficará mais rico mesmo em momentos de crise, os pobres, mais pobres… Assim se abre o poço entre ricos e pobres.

Como luxo temos as roupas “Grife” os carros desportivos carotes, as malas, aquelas marcas que saltam à vista tipo, Ferrari, Louis Vuitton, Dom Perignon, etc…

Neste caso as empresas abortam o velho paradigma de vender produtos. Aqui as empresas tentam vender “arte” colecionável, símbolos de Status, símbolos de “ter dinheiro”.

Num mundo em crise, num mundo em guerra, num mundo em fome, deveria-se estranhar o facto destas marcas não passarem por uma crise também, mas acontece exatamente o contrário este tipo de “obra de arte” vende mais, e mais…

Eu de facto tinha clientes no mercado de luxo, donos de veleiros e iates e sempre me perguntavam como era trabalhar com este tipo de clientes, eu somente lhes dizia que aprendi muito a lidar com eles pois tinha um filho de 6 anos, que me dava uma enorme bagagem de aprendizagem para lidar com este tipo de clientela.

Nunca me esquecerei em uma feira em Dusseldorf um cliente numa semana gastar a módica quantia de 10 milhões de euros, pois comprou um veleiro e equipou o mesmo todo nessa feira, e eu olhava para os meus bolsos “rotos” e dizia o mundo é mesmo justo…

As marcas que operam neste nicho de mercado, vendem glamour, vendem sonhos, vendem um conceito que os seus clientes logo correm atrás, pois eles necessitam comprar, anseiam por compras, pois por norma são vazios por dentro. Este sentimento de compra, de posse faz com que eles se sintam meio vazios ou meio cheios (depende da perspetiva do copo), e gostam de mostrar aos demais a sua vida, os seus bens, mas logo, aquele novo brinquedo já não serve e partem em busca de algo que os complete, mas que nunca conseguirão.

Não percebo (pois sou pobre) como alguém necessita de ter uma garagem com 10 carros, e nessa mesma casa com 20 quartos, quando essa mesma pessoa passa mais de metade do seu tempo fora dessa casa…

Este mercado também se encontra em mutação pois era muito virado para as revistas de glamour e agora estes clientes já procuram os seus produtos via mercado online, desta forma as empresas vêm-se obrigadas a adotar também estratégias de marketing digital bem como as de marketing tradicional (tv, revistas). Os ricos e famosos, também andam sempre “on-line” pois é “in” esta moda dos tweets, das selfies, etc…

O mercado de luxo sempre existiu, e não é mais nem menos que pegar numa moda já existente e criar uma marca, exacerbando a mesma e colocando-a ao “lado de Deus” dizendo que esta é mítica…

O mundo está cheio de ideias que podem ser desenvolvidas, copiadas ou melhoradas. Muitos produtos do mercado de luxo são adaptações de conceitos de outras culturas. Assim, aqueles que procuram inspiração, devem viajar para outros países, andar pelas ruas, pelos mercados, falar com as pessoas, comprar produtos e comer em restaurantes, etc… assim procurar inspiração.

Depois, o segredo está em encontrar a maneira de traduzir a experiência estrangeira para uma versão que satisfaça o gosto dos seus clientes de uma forma pessoal, one to one através de uma marca poderosa.

O Mundo está em crise sim, Mas numa Crise de Valores.

NS