Após aprovação para o tema deste post pela minha orientadora Chic´Ana, atenção só aprovou o tema e não é doida para aprovar o seu conteúdo. Uma coisa é certa isto do Correr Running, virou moda e já não basta o sacrifício que temos de despender em praticar tal desporto que agora temos também que estar fashion para o fazer.
No meu tempo para correr um tipo pegava nuns calções, numa tshirt (ver foto tirada), colocava uns ténis e lá se metia à estrada e dependia da resistência física sobre o tempo que tal desporto iria durar, no meu caso uns bons 5 a 10 minutos.
Eu que à uns meses decidi regressar a dar umas Corridas Runnings e lá vou eu para a praia com os meus calções e tshirt, e lá me faço à estrada e vejo todo o mundo a passar por mim e “olhar de lado” assim com um olhar de desdém mesmo, penso para comigo: “porra ciso estás mesmo em péssima forma”… Mas lá continuo e começo a reparar que afinal não estou a Correr Running com os demais, mas sim a fazer um desfile de moda em pleno passeio da praia, pois a corrida nos dias de hoje está mais para a moda, para um desfile do que para o desporto em si.
Lá penso estes tipos em boa forma física é que entendem do assunto, pois eu estou parado no tempo, e se calhar existe algo milagroso que acontece ao Correr Running ao usar aquelas roupas dignas de tal feito. Estranha-me em tudo isto pois vejo pessoas a correr todas maquiadas e imagino que aquilo com o suor irá começar a derreter pelas trombas abaixo. Vejo pessoas todas vindas do cabeleireiro com um penteado de ir a uma cerimónia matrimonial, mas afinal é mesmo para Correr Running…
Desloco-me ao Barbeiro e depois à Decatlon e pergunto onde é a secção da Corrida Running e ao qual me apontam a um corredor. Chego ao corredor e penso que terei meia dúzia de peças à minha escolha e qual o meu espanto quando encontro milhares de adereços para Correr Running que até me perco no que escolher e muitos dos acessórios nem sabia para que serviam.
Saio da loja com menos 200€ no bolso, pois não comprei ténis, e lá levo 2 pares de calças de licra, tipo leggings que as mulheres usam… Eu experimentei aquilo e digo, hummm não me parece que ande com isto na rua. Compro 3 tshirts térmicas para usar por debaixo dos 2 polares também comprados mais o corta vento contra a chuva…
Penso que diabo, a Nike lembrasse de dar um nome fashion à Corrida Running e saca uns milhões com isto, pois esta indústria factura algo como 110 milhões de Euros / Ano.
E penso mais não seja agora não passo vergonha e esta roupinha deve fazer maravilhas na minha Corrida Running, e saio à rua e começo a praticar a Corrida Running lá pelo passeio da praia e de facto tudo era exactamente igual ao antes. A roupa em nada ajudou, correr continua a ser um sacrifício e no final continuo cheio de dores nas articulações e músculos, o peso continua igual, a balança tende a não baixar nos dígitos, a única coisa que mudou e emagreceu mesmo foi a minha conta bancária.
E lá vou eu nas minhas incursões pela praia fora todo fashion e de um momento para o outro, começo todo o mundo a olhar para o relógio, também fashion. Penso porra que se passa já não chega andar a Correr Running de collants e agora apontam-me que tenho que comprar Gadgets…
E parece perseguição no dia seguinte começo a namorar os Smartwatches e olho para o preço dos mesmos, e desisto logo em os comprar. Mas eis que um cliente meu que os vende, chega ao pé de mim e me oferece 1 por metade do preço, era um excelente negócio e compro logo 2, um para mim (preto) e outro para a M. (branco) pois conhecendo as mulheres… Lá ia levar “compras-te isso para quê, é dinheiro colocado fora.” (Elas têm sempre razão...)
Ligo o meu, escolho qual o visor a colocar e começo a brincar com aquilo. ofereço todo sorridente á M. que me diz obrigada, e olha, colocou na caixa, pois não é de facto a onda dela.
E lá vou eu Correr Running com o novo brinquedo e de facto nada mudou, com roupa, com smartwatch, tudo é e seria igual como era com os meus calções velhos e com a minha tshirt.
Aliás tudo piorou pois a porcaria do smartwatch não para de apitar e vibrar por tudo e por nada, olho para ele para ver as horas e levo com as calorias gastas, o que me falta andar ou Correr Running para completar a meta diária. Cansado daquilo mudo o visor para um de ponteiro mais para o clássico para não levar com as calorias que não perco e com a distância que não cumpro, era tou safo…
Que acontece, um dia sem fazer exercício fisico no fucking visor começam aparecer aranhas a andar no visor e a fazer teias… Isto decerto é alguma indirecta…
Com a porcaria do Marketing tornaram uma cena básica e barata que é correr, numa coisa básica que é correr mas desta forma com glamour e cara. Um tipo não quer ir para o ginásio para poupar uns euros e o que o Marketing e as Marcas fazem? Fazer gastar esse dinheiro em roupas, pois o Running assim o obriga!
Sempre disse que o bem mais precioso que uma empresa tem são as Pessoas mas são também estas o bem mais complicado de se gerir. As pessoas não são como as máquinas com a sua linguagem binária, são muito complexas, pois são providas de pensamento, razão, sentimentos, linguagem, etc…
A máquina não falha, quem falham são as pessoas. Se a máquina falha a culpa é de quem a fez, logo a propensão de falhanço está ligado ás pessoas, mas sem pessoas não existem empresas, as empresas são as pessoas que lá trabalham.
Como em todas as empresas, focando em Portugal onde a maioria das empresas são pequenas e médias empresas, uma pessoa, ou as pessoas são obrigadas a fazer e saber um pouco de cada uma das coisas que passam nos diferentes departamentos, os denominados “apaga fogos” e quantos fogos eu apaguei… e por causa disto quantas vezes me queimei…. tirando este á parte adiante…
Aqui estou para falar das pessoas multifacetadas nas empresas, “Eu sou autónomo”, “eu sou auto-suficiente”, “eu consigo-me desenrascar, sou uma pessoa inteligente”, “se estudar umas coisas depois consigo fazer tudo à minha maneira”, “eu não preciso de ninguém” o FAZ-TUDO!…
Numa primeira análise isto deveria ser bom, e qualquer empresa gostaria de ter um profissional destes, o problema é quando temos uma pessoa destas, as outras denominadas de “chicas espertas” ou as “putas velhas senhoras com mais tempo de casa” aproveitam-se destas pessoas para encontrarem nelas os seus escravos, largando tudo para elas e quando algo corre mal, sempre têm aquele bode expiatório para culpar. Pois normalmente ficam na empresa pois sabem como esta funciona, a quem dar a “devida graxa” aquelas pessoas que mais provocam conflitos e nunca têm culpa.
Mas também temos por outro lado o Patrão sabe tudo…Uhhh errado! Mesmo com gestores brilhantes, quem sabe melhor o que se passa na empresa e possivelmente nos mercados são os empregados mais baixos, são eles que andam pela empresa, são eles que comunicam com os clientes e fornecedores, fazer decisões de marketing sem ter esse conhecimento é arriscado, dai ser sempre importante ter um contacto saudável e permanente com todos os níveis da organização.
Ou seja ninguém é capaz de fazer tudo, porque ninguém sabe tudo mas tenta-se, ainda mais nas pequenas empresas pois têm um orçamento limitado e o trabalho de 10 é distribuído por 3 e assim se vai aguentando o “barco” tentando levá-lo a bom porto. O mote é trabalhar em Equipa pois ninguém consegue fazer tudo sozinho, delegar… Mas é tão difícil este termo “delegar” não entendo porquê, mas as gerências têm uma certa dificuldade em delegar, contratam uma pessoa para determinado departamento e depois querem controlar, não sabendo que o controle é impossível de ser feito, se uma pessoa precisa de ser controlada, então é sinal que não se confia, logo que faz essa pessoa na empresa? Ou se confia ou não se trabalha com essa pessoa.
Na cadeia de Valor de Potter, o que comunicamos ao mercado é como uma corrente e a força da corrente equivale à força do seu elo mais fraco. Então nós temos que ter textos de alto nível, vídeos de alto nível, gráficos de alto nível se quisermos transmitir uma imagem de alto nível, uma imagem profissional. Agora se um “alto nível” cai para fraco, toda a corrente “cai por terra”.
A criação de um faz tudo pode trazer um elo fraco e toda a cadeia “cai por terra”, e o valor que queríamos transmitir ao Mercado afinal não é “de alto nível”.
Um faz tudo normalmente é um ser isolado, não cria networkings, pois é consequência do que foi atrás descrito. Se a primeira análise é má, esta ainda é pior.
O maior bem que uma empresa tem é, criar relações, conhecer pessoas, trocar experiências, criar mútuas dependências, só assim ela anda para a frente e evoluiu.
Então pensas que sabes fazer tudo, e até podes fazer tudo bastante bem feito por experiência própria fica pelas tarefas que te são designadas, pois na dúvida, e quando existe um seres, tudo recai sempre no faz tudo, mesmo este sendo um bombeiro dentro da empresa.
As empresas querem que as pessoas façam um pouco de tudo e um pouco de nada, ou melhor, gostam que as pessoas aparentam fazer muito quando no final não fazem nada…
Eu sou apologista de ter pessoas multifacetadas em uma empresa pois se alguém falta devido a algum problema sempre temos alguém que a pode substituir e a empresa não parar, mas as empresas querem e não querem este tipo de pessoas, pois são vistas e olhadas como alguém que quer tirar o lugar de outro, que se está a meter no trabalho de outro, e quem tem medo que alguém se “meta no trabalho de outro” é porque tem algo a esconder.
Uma organização tem que ter mente aberta e receber estas pessoa que querem é dar o seu contributo a uma empresa e ajudar a mesma a crescer e com isto crescer com a organização, e nos dias que correm ainda mais que nunca precisamos de pessoas destas.
Mas uma coisa vos digo se tiverem dúvidas no que concerne ao que a empresa pensa sobre este tipo de pessoas, falo da gestão de topo e mais ainda dos colegas de trabalho, remetam-se às vossas funções e não tentem apagar fogos dos outros, pois no final vocês que quiseram ajudar, que quiseram não queimar o colega, são quem mais chamuscado sai desta toda história.
Depois desta semana de loucura em torno do evento Web Summit que colocou Portugal / Lisboa no centro do mundo no que concerne ás novas tecnologias de informação, novas start ups em busca de investidores, governo a disponibilizar verbas, Etc. De facto um evento que juntou cerca de 50.000 pessoas, mas o cenário que acontece em Portugal em relação ao Marketing Digital é o seguinte.
Em Portugal cerca de 69% das empresas não usam qualquer ferramenta de marketing digital, por conseguinte, nenhum tipo de rede social no seu negócio, e para estas empresas ainda impera e reina o “marketing tradicional” e as suas metodologias “offline”.
Quando pesquiso o tema para a minha tese, em conversas com amigos, empresários, profissionais, de pequenas e médias empresas, chego à conclusão que eles ainda não perceberam a importância e o potencial que a Internet oferece ás suas Organizações, quer para venda on-line dos seus produtos, para reconhecimento da marca, gerar novos contactos, etc… e com tudo isto Gerar Valor para os seus Clientes.
Quando avaliamos as empresas que usam somente recursos do “marketing tradicional”, verificamos que este “Old School Marketing” é muito dispendioso e para as pequenas empresas não produz grande efeito pois acrescenta enormes custos, por exemplo as tais Organizações que colocam os vendedores “engravatados” a fazer vendas porta a porta, esquecendo o custo que isto acarreta: (salário + carro + portagens + gasóleo, etc).
As ferramentas do “new school marketing” onde podemos á distância de um clique, podemos perceber o comportamento dos nossos consumidores bem como para onde o Mercado está a caminhar, aumentando com isto as hipóteses de fazer a oferta certa, no momento certo, na hora certa, pois o mercado neste momento trabalha no “Just in Time” e se perdermos esta janela de oportunidade, podemos colocar o nosso futuro em “areias movediças”.
Este novo cenário das Novas Tecnologias de Informação são uma dura realidade e desempenham um papel fundamental no desenrolar da vida das Organizações e Pessoas isto se as ferramentas forem utilizadas de forma adequada.
Quem pensa que este novo paradigma de Marketing é somente uma moda passageira, está redondamente enganado, pois podemos verificar que existem grandes empresas com enorme sucesso somente operando no Mundo Virtual, sem ter espaço físico no Mundo Real e somente operando no “Mundo online”.
O Mundo está a mudar, ou melhor, o Mundo já mudou, e opera na era digital à muito tempo, desde o aparecimento e desaparecimento do HI5, do aparecimento em 2004 do Facebook, sim este pequeno site que começou como uma brincadeira de universitários e que neste momento vale o que vale.
Para termos uma ideia, se o Facebook fosse um país seria o país mais populoso do mundo, ultrapassando a população da China em questão de utilizadores, estima-se que 1,5 biliões de pessoas usam o Facebook.
Nos EUA o uso das redes sociais é normal, para se estudar o mercado, para se aumentar o reconhecimento da marca, para se criar negócios pela via on-line.
Um estudo que li á pouco pela Jobvite, onde entrevistaram 800 recrutadores revelou que 89% deles utilizam as redes sociais para recrutar pessoas, tipo o LinkedIn, Facebook e Twitter. Destes inquiridos 64% usam mais de 2 redes sociais para contratar pessoas e 65% deles dizem que tiveram grandes resultados neste tipo de recrutamento.
Podemos com este pequeno exemplo verificar que o Marketing Digital e especialmente as Redes Sociais, contribuem na escolha de candidatos para as empresas. Os EUA são os pioneiros no uso das Redes Sociais nas Organizações em relação aos restantes países do Mundo, mas esta tendência está a mudar…
Voltemos agora ao Mundo Real, onde as grandes empresas não deixam muito espaço para as pequenas e médias empresas, mas no Mundo Digital e usando as Redes Sociais, tudo isto muda de cenário. Pois o Mundo está mais conectado do que nunca, e isto abre novas oportunidades para todos, em todo o lado, encontrando-se novos clientes, mais inspiração, pois temos uma Organização “ligada / aberta” 24 horas por dia, 7 dias por semana… Tudo o que precisamos para alcançar o sucesso.
Em Suma:
O Marketing Digital e as Redes Sociais, não só servem para colocar selfies; fotos do almoço e do jantar, mas também para procurarmos novos parceiros de negócio, divulgar a marca, saber o que os nossos clientes estão a fazer e desta forma termos um “One to One” Marketing.
É mais barato usar o Método Digital na divulgação do que utilizar os meios tradicionais, basta verificar quanto custa um anúncio em horário nobre na TV e quanto custa um anuncio pago no Facebook por exemplo.
Se as empresas optarem por usar o Marketing Digital e as Redes Sociais, devem desenvolver um plano, pois não se deve ter uma página no Facebook, ou no Twitter, ou numa outra rede, só por ter. Pois deve-se alimentar o “mostro”, pois se assim não for corremos o risco das pessoas que nos seguem online, pensarem que a empresa ao não publicar nada; “algo de ruim se passa”. Se vai enveredar por uma política de Marketing Digital só porque Sim e vai Estar por Estar, mais vale não fazer nada.
Quem não está On-Line simplesmente “não existe”. É crucial estarmos presentes no Mundo Virtual.
Por fim não pensem que sou contra o “Old School Marketing” e a favor do “New School Marketing”. Acho que as empresas devem utilizar ambos os tipos de Marketing em sintonia, pois no final, ao fechar um negócio, nada substitui olhar o cliente “olhos - nos - olhos”, nada substitui o aperto de mão, nada substitui o dar a cara.